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Na clareira do pátio de treinamento, os raios solares incidiam fortemente sobre o solo, criando uma tapeçaria de luzes e sombras que dançavam enquanto os combatentes se moviam.

Aerion e Visenys, vestidos com armaduras leves, mas resistentes, prepararam-se para uma prática de esgrima amigável sob a supervisão atenta de seus guardas.

Aerion, com a espada na mão e um olhar de concentração no rosto, adotou um estilo de combate que evocava as antigas tradições do povo Dothraki, que sentia mais clareza ao fazer: sólido, direto e com força imponente em cada golpe. Sua postura era firme e seu olhar refletia a determinação típica de um guerreiro, digno de ser o herdeiro de um vasto império.

Aerion sempre teve que provar que era um verdadeiro Valíriano, não apenas de sua aparência Targaryen.

Visenys, por outro lado, movia-se com a graça e agilidade características do estilo leve, yitiano, do qual aprendeu muito com o tutor contratado por avó, quando ele afirmou achar o estilo deles melhor.

Seus movimentos eram elegantes e calculados, com foco na velocidade e na precisão. Seu estilo era menos agressivo e mais fluido, buscando aproveitar todas as oportunidades para desviar e contra-atacar com habilidade.

Ambos eram discípulos digno de seu pai, o príncipe dos dragões.

"Pronto para perder, Aerion?'

O mais novo dos gêmeos falou, com um tom brincalhão, enquanto adotava uma postura defensiva, seus olhos brilhando com desafio amigável e claro carinho, os dois irmãos gostavam muito um do outro, eles compartilhavam tudo desde o nascimento. Era uma união sem igual. Unidos desde o útero para a vida.

Aerion sorriu, seu sorriso idêntico ao de seu pai alfa, balançando a cabeça.

" Veremos quem ganha hoje. Não vou facilitar seu trabalho."

O primeiro choque de espadas ecoou pelo ar, uma colisão de aço que reverberou pelo pátio.

Os irmãos se moviam com agilidade, o mais velho lançando uma série de ataques diretos e contundentes, tentando superar a defesa do outro.

Visenys respondeu com uma calma imperturbável, desviando golpes com sua técnica refinada, movendo-se com uma fluidez que só a prática constante poderia proporcionar.

Enquanto a luta continuava, os espectadores da corte observavam das sombras, seus olhares avaliadores acompanhando cada movimento seu. Murmúrios e sussurros encheram o ar, com alguns observadores invejosos e outros admirando a habilidade e estilo de ambos os irmãos. A pressão do olhar da corte era palpável, mas não pareceu afetar os combatentes, que permaneceram concentrados no duelo.

Visenys, com seu estilo yitiank, executou um giro elegante que lhe permitiu desviar o ataque do irmão e contra-atacar com um movimento preciso. Sua espada se movia com a fluidez de alguém que passou anos aperfeiçoando sua arte.

Aerion, com seu estilo das cidades livres, apesar de estar em desvantagem, não se deixou intimidar. Sua técnica agressiva e poderosa demonstrou sua força e determinação.

"Boa jogada!" Aerion exclamou enquanto recuava para recuperar sua posição.

A competição amigável foi repleta de respeito mútuo, cada golpe e bloqueio entre eles era uma prova de sua habilidade e do relacionamento fraterno que compartilhavam.

“Obrigado, mas não relaxe Leika.” o segundo neto da rainha respondeu com um sorriso.

Com um avanço rápido, ele conseguiu desarmar o irmão com um movimento elegante. A espada do primogênito do herdeiro voou pelo ar, pousando suavemente no chão de terra.

“Parece que perdi esta rodada."

Admitiu ele, erguendo as mãos em sinal de rendição, mas sua expressão estava cheia de satisfação.

Visenya se aproximou e estendeu a mão para o irmão.

"Bom esforço, Leika. É sempre um prazer treinar com você."

Aerion pegou a mão do irmão, ficando de pé com um sorriso.

"Eu digo o mesmo, irmão."

Ambos olharam para cima, observando a rainha os vendo treinar da varanda de seu escritório particular.

Aerion zombou empurrando de leve seu irmão enquanto sussurava em seu ouvido.

"Pare com isso. Já disse que não sou "

" Claro que é, não finga. É a verdade. Todos tem seus favoritos."

" isso não é verdade!"

"Claro que é!"

" Não. A Muña não tem."

" Então você é cego."

" Irmão ..."

" Oh... vamos lá,  Kepa tem a Hūra. Vovó Mantaryan tem Aemaegor, Mamãe tem Gaemon, e a vovó tem você!"

Visenys fugiu o olhar do irmão que riu ao ver seu rosto pálido ficar vermelho.

" Isso não é mal. É só... fatos. Tipo o fato que eu sou o preferido da tia Viserra. E por isso sou o que mais ganha presentes!"

E isso fez o mais novo bufar.

Aemaegor e Gaemon ainda eram um pouco mais novos e treinavam do outro lado do pátio com outro instrutor, um pouco mais suave, como diria seu pai. Para que a Muña não o faça dormir no chão do quarto, outra vez.

Eles ainda riam quando se lembravam de entrar nos aposentos dr seus pais de manhã e encontrar seu pai, do tamanho de uma muralha, cheio de músculos e cicatrizes, estirado e roncando no chão como um cão perdido.

Ainda continuaram o treinamento.

Embora a luta tenha sido amistosa, a pressão do olhar da corte, e da rainha, ainda estava presente e não era algo a esquecer.

Sem se permitirem distrações, continuaram seu treinamento, trocando de parceiros e alternando seus estilos de combate.

A prática tornou-se uma demonstração de habilidade e resistência, com cada irmão ensinando ao outro novas técnicas e estratégias com o aprendizado e dica dos soldados e guerreiros.

À medida que o dia avançava, o público da corte continuou a assistir, alguns com admiração e outros com julgamento. A luta não era apenas um teste de suas habilidades, mas também um lembrete da importância de manter a honra e a habilidade em todos os momentos.

De manter a compostura. A consagração, a realeza. A importância do laço de sangue. Do amor, e da lealdade que deveriam ter ao sangue e uns aos outros.

Sangue do ConquistadorOnde histórias criam vida. Descubra agora