Carne e Sangue, Coroa e Loucura

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( Hey, olá pessoal, como estão?! Espero que bem, aqui vai um capítulo curto, provavelmente o menor até agora, mas não se preocupem; com o feriado dessa semana espero postar mais 2 capítulos!!!)

Bjs, amo vocês.

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Vaegor foi morto.

Um menino com menos de uma década foi morto durante a calada da noite com um pequeno machado gravado em seu peito. Os soldados não descobriram isso até a manhã seguinte, aparentemente isso foi feito na troca de guardas.

Daesella chorou. Aenys jurou, e os mais novos se desesperaram. Eles não estavam seguros. Nunca estiveram.

O príncipe herdeiro tinha quase certeza que os guardas estavam envolvidos, mas não havia certeza. Ainda assim os dispensou e retirou seus Mantos como membros brancos da guarda real.

Quando seu corpo foi retirado da cama, perceberam que havia totalmente desmembrado. Seus braços e pernas cortados do dorso e sua cabeça também. Simplesmente colocados juntos como um quebra cabeça. Por isso ninguém percebeu.

Seus olhos foram arrancados e a pele ao redor de sua barriga foi queimada com ferro formando uma coroa quebrada no meio. Era uma visão aterrorizante, e graças a isso Aenys gritou que já chega.

Tendo seu pai se isolado em Pedra do Dragão, enlouquecido e bêbado como nunca antes, o Príncipe Herdeiro se fez conhecido como o rei em tudo, menos em nome.

Internamente, anunciou decretos para regularizar costumes, deveres e impostos em todo o reino, já que no passado cada porto e cada senhor menor tinha a liberdade de extrair o máximo possível de arrendatários, plebeus e mercadores. Aegon proclamou que "a primeira lei do país será a Paz do Rei, e que nenhum senhor pode fazer guerra sem a permissão da coao, com o risco de serem proclamados traidores.

Com a construção ainda longe de ser concluída, de Porto Real, principalmente o palácio, a Mão do Rei, Gaemon Targaryen, junto ao príncipe, exigiu construir muros ao redor de Porto Real, imaginando que, apesar dos seus dragões pudessem desincentivar qualquer ataque direto a cidade, o rei e seus dragões nem sempre estariam na capital. Em seis anos, boa parte das muralhas da cidade já estavam completadas.

Para seguranças, agora os irmãos mais novos do rei, junto com seus filhos, não saiam mais do palácio, seus ensinamentos seriam passados ali e o aprendizado de espada também.

A futura rainha acabou abortando sua terceira gestação por todo o estresse, e tendo mal se recuperado da febre de parto do seu último parto, Aenys por um momento pensou que perderia sua companheira.

O primeiro filho do Príncipe herdeiro, Aelor, havia completado seu terceiro dia de nome quando o segundo filho do Príncipe Aenys nasceu. Um par de gêmeos completamente Valirianos.

Aelayoss Targaryen tinha cabelos prateados, embora mais puxados para o loiro pálido, olhos lilases suaves e nariz fino e arrebitado, além de dez dedos perfeitos.

Rhaena Targaryen tinha os cabelos completamente prateados que brilhavam à luz de velas, seus olhos eram em um tom de ametista profundo e sua pele era tão branca quanto o marfim.

Infelizmente, o trauma do berço era um grande desafio da qual muitos bebês não resistiram. Assim como o Príncipe Aelayoss, que viveu somente o suficiente para atingir seu primeiro dia de nome.

Os gritos de Daesella ressoam por toda a fortaleza em agonia. Já não bastava ter perdido sua mãe e irmã, então seu irmão, agora perderá seu filho também?

Os deuses os estavam punindo pelo Pai, isso ela tinha certeza. A ganância do homem em conquistar Westeros e desejar acima do que lhe era devido estava cobrando seu preço finalmente.

Aelor era uma criança quieta e amuada, se ouvia os sussurros dos empregados o chamando de Príncipe Melancólico.

Os irmãos do príncipe herdeiro eram muito protetores uns com os outros, desde a morte de um dos irmãos os fez serem ainda mais próximos, com medo do amanhecer começar e eles não acordarem.

Aenys Targaryen é ensinado a governar em um reino subjugado pelo Dragão, um povo controlado pelo conquistador, como um homem é mantido contra a terra por uma bota pressionada contra sua garganta.

Ele é o Primeiro de Seu Nome, assume o trono mesmo sem uma coroa, enquanto seu pai ainda está vivo, e luta para uma terra buscando respirar o primeiro doce suspiro de alívio, e querendo mais.

Não é isso o que recebe.

A rebelião se espalha pelos reinos comum incêndio, mais rápido e feroz do que qualquer coisa que ele poderia ter imaginado, e liderada pela mesma fé pela qual seu pai renunciou aos Deuses de sua terra natal.

A mãe costumava conta-se histórias sobre Balerion, o deus sombrio conhecido pela morte e guerra. Falava sobre Meraxes, a deusa trapaceira que conseguia transformar a sua forma em qualquer coisa que quisesse.

Ele poderia considerar os deuses do Trono de ferro e acabar com os Sete. Pensamento, ameaça tímida, dá-lhe conforto e uma aparência de coragem quando fecha os olhos à noite, ao som de fanáticos gritando por sua cabeça.

Os sons ficam cada vez mais altos, não importa quão forte feche os olhos ou quão forte pressione as mãos sobre os ouvidos. Os septões clamam pelo fim de uma dinastia antes de começar. Os plebeus se proclamam contra os inimigos de seus deuses, seguindo cega e inquestionavelmente as palavras dos líderes de sua fé.

A morte de sua família o faz clamar pela guerra, já o amor por seus irmãos e filhos clamam pela paz. Fazer o que desejo também, meu filho é inteligente. Para que tudo isso acabe. Para que tudo isso seja como era antes.

O mundo fica mais difícil, os gritos ficam mais altos e o rei menino cobre os olhos e os ouvidos para tudo isso. Atrás dele, invisível, seu irmão faz uma careta enquanto afia a espada.





Sangue do ConquistadorOnde histórias criam vida. Descubra agora