Sangue do meu sangue, Neste Momento; Não Será Mais Minha.

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Pequeno até,  mas... com significado.

Eu queria trazer um pouco mais sobre a visão de Polirys para Visenya , como ela a vê,  seja consciente ou não.

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Os rugidos dos dragões alertaram todos ao redor sobre sua chegada. E sem preocupação alguma sob aquela que carregava nos braços, Maegor pousou com seu dragão bem em frente a entrada do tempo.

Os sacerdotes da luz pareciam entender a necessidade de serem rápidos pois imediatamente havia alguém o guiando para dentro e já gritando ordens para fechar o local, preparar utensílios e tudo mais.

O Salão da Ressurreição era considerado um mito para muitos,  a maioria em si, mas Maegor o via em seu esplendor pela segunda vez.

As predes eram de um tom escuro de vermelho sangue, com runas e símbolos tingidos em preto. Havia tapeçarias de rituais e cânticos em diversos idiomas, além de o principal, uma grande mesa de Pedra talhada e esculpida com runas no centro, com uma orla de fogo Ardente ao redor da mesa circular, embora não perto o suficiente para atingir quem se deitasse.

Ela estava lá.

Sua esposa foi delicadamente deitada ali por seus braços e logo depois o mesmo precisou ser afastado para que trabalhassem.

Seu íntimo gritava, sua pele parecia queimar e o dragão dentro de si rugiu. Desesperado pela falta de fogo quente, mas calmante,  que sua alma gêmea transmitia.

Maegor não se afastou, não se retirou da sala e nem mesmo se mexeu. Só conseguia encarar o corpo de dua esposa, pálido e suado em meio a pedra.

Os senhores da luz clamavam antigas em valiriano e línguas estrangeiras. Os sacerdotes valirianos fizeram marcas e runas em seu corpo com vermelho. Sangue.

Os meistres cuidavam do corpo, andando e mexendo entre as pernas de sua esposa, o que o deixou com a pele formigando, não mentiria.

Ele ouviu passos, gritos, rugidos, mas tudo parecia longe demais. Fundo demais.

Escuro demais.

E nada mais veio...

***

1/3 de Lua Depois (Três semanas depois)

Polirys lembra.

Ela lembra de rezar. Uma. Duas. Três. E então mais uma vez. Lembra das dores, dos seus gritos, da garganta rachando.

Recorda de sentir-se tão viva e tão quebrada,  ao mesmo tempo, de estar
dividida entre a vida e a morte neste campo de batalha feminino que significa o parte. E tenta entender qual é a glória? Qual agrandeza é dar a luz a uma completamente sua? Dependente de si?

Do qie adianta as rezas, o clamor e a fé quando corre entre suas pernas? Às vezes o sangue é apenas sangue.

Um . Então, alguns segundos depois, outro.

E ela se lembra.

Visenya.

Margor.

Viserra.

Rhaegar.

Sua mãe. Oreana.

Visenya.

Oreana.

Visenya...

Oreana...

Boa-mãe...

Mãe...

Sangue do ConquistadorOnde histórias criam vida. Descubra agora