Flores e Sangue ( O Amor Segredo dado por uma Mãe)

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Na manhã do quarto mês do novo ano, o sol amarelo brilhante mal atingiu seu pico no céu sobre o Castelo do Dragão, enquanto Lady Mantaryan estava sentada em sua cadeira almofadada sob um dossel vermelho e dourado nos jardins luxuriantes de inverno da rainha.

Era a primeira vez que vinha aqui após a tentativa de assassinato, mas a beleza do lugar não poderia ser perdida pela devastação do homem. Era como se afundar ainda mais.

Também era a primeira vez que foi autorizada a sair dos quartos, e com muito cuidado e pouca caminhada, assim, seu marido fez questão de lhe carregar até quase a porta dos jardins, só a permitindo andar até o banco mais próximo, que suspeitosamente estava ainda mais próximo da entrada.

Como futura rainha Consorte, e atual Princesa Consorte, suas vestes eram extremamente finas e ricamente decoradas, embora particularmente Polirys preferisse algo mais simples e menos chamativo.

Suas roupas atuais eram até simples, mas não menos luxuosa para o padrão real. Era leve, feita de seda branca, algumas camadas nas saias davam movimento enquanto ela andava, contudo a parte mais linda Era o corpete.

As costureiras haviam feito um corpete cinza claro e costurado com fios prateados e azuis a imagem dos dragões e das ondas do mar.

Juntos conversavam sobre alguns planos que Maegor gostaria de apresentar diante de sua mãe e do conselho carmesim.

 "Acho muito interessante que a maioria do povo não tenha nem tentado se rebelar. Embora sua mãe seja uma grande rainha, com certeza, a religião valiriana não era a mais em alta até a chegada de vocês, principalmente entre os escravos. Os plebeus não iriam desprezar-nos por introduzir os costumes valirianos ainda mais?"

Porém, tudo o que o cavaleiro do dragão fez foi beliscar a ponta do nariz: 

"Eles viveram durante décadas sob a orientação daqueles septões podres. É por isso que começaremos a trazer alguns de nossos povos valirianos para essas terras. Levará tempo, sim , mas, eventualmente, a imigração terá retorno nos próximos anos. Alcançaremos o controle verdadeiro e total nessas terras ricas, exatamente como nossos ancestrais fizeram nas Terras da Coroa. E Valíria renascerá novamente, oferecendo conhecimento a todos e forjando um reino melhor."  afirmou, enquanto seu marido a puxava para cima de modo que ficasse apoiada em seu corpo, a mulher quase se enrolando em torno dele como um gato, embora com cuidado.

"Éramos uma das dinastias menos proeminentes das quarenta famílias de senhores dos dragões na pátria destruída; mas agora seremos os governantes do mundo." ele sorriu para ela: "Os deuses nos favorecerão pelo resto dos tempos."

A manhã foi passada tranquilamente, com pequenos lanches dados a eles no jardim. Foi somente depois de um pequeno almoço, que Maegor precisou se retirar para uma reunião com o Conselho e recepcionar dois convidados do castelo, Lorde Borth e seu filho, e herdeiro, Dyxon.

Ambos vieram atrás de uma aliança a rainha, e Polirys viu a apreensão nos ombros de seu marido quando o mesmo disse que provavelmente pretendiam casar sua irmã com ela, não que isso realmente pudesse acontecer, por mais que fosse proposto. Viserra era um espírito errante e livre, tão forte e poderosa quanto a própria rainha, tentar prende-la em um casamento contra sua vontade fará metade das Cidades do reino serem incendiadas e seu marido morto antes de chegarem a concluir os votos.

A Princesa Consorte foi levada no colo do marido, para seus aposentos pessoais, com suas damas de companhia chegando momentos depois para ficarem por perto.

O príncipe Rhaegar ainda não estava bem, nem de longe, e provavelmente nunca seria igual a antes, isso fazia a mulher se sentir imensamente culpada, embora todos afirmassem que não era sua culpa.

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