Festa da água

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- Lilith não é a minha mãe. – Eu disse sentindo minha voz fria como gelo.

Zcan me olhou como se eu fosse uma criança mimada fazendo birra. – Pouco me importa que você e Lilith tem, ou o que são. Me deram ordens de leva-la e eu pretendo cumpri-las.

Zcan tinha seus olhos em mim, me enfrentando, mas olhou para acima de minha cabeça e logo seu semblante mudou. O Stuirco engoliu o seco diminuindo ligeiramente sua segurança.

Como uma resposta para a dúvida do por que ele ter mudado de repente, sei o peitoral de Damon se encostar nas minhas costas.

Suspirei sentindo seu aroma amadeirado me sufocar de luxuria pela forma protetora que ele mostra.

- Certo. – Zcan disse depois de suspirar como se estivesse já arrependido pelo o que ainda vai falar. – Eu aviso a ela que você estava comemorando.

Eu assenti me sentindo aliviada por não ser obrigada a me deparar com Lilith.

Eu não sei como será nossa relação, mas sei que não será como a minha mãe. E eu não quero que Lilith pense nem de longe que temos algum vínculo afetivo desta maneira.

O stuirco se virou para caminhar para longe de nós. E Astaroth seguiu ele ainda com seu rosto em processo de cura.

Assim que os dois sumiram da minha visão eu pude me sentir ainda mais aliviado do que antes.

Senti Damon acariciar o meu braço me fazendo me sentir confortável outra vez, quase me derretendo ao seu toque.

Me virei para ele sentindo a alegria de antes voltar a tomar conta de mim.

Belial estava ao seu lado com um sorriso irônico nos lábios.

- bem vinda a família, irmãzinha. – Ele disse com um tom sarcástico me fazendo revirar os olhos.

Ambos riram de mim levemente e logo nós estávamos caminhando para dentro do castelo.

- Podíamos comemorar finalmente uma etapa a mais. – Eu disse sorrindo feliz.

Não acho que seja uma coisa grande, mas deixar o meu povo feliz como eles estavam, foi a coisa mais magica que já me aconteceu. É louco a forma como sua ligada a este mundo e ao meu povo.

- Que tal se festejássemos? – eu perguntei sorrindo largamente.

Belial sorriu maliciosa. – Digamos que eu ame festas.

Damon bufou rindo, mas logo concordou.

- Zyndor! – eu gritei ele para qualquer lugar que ele tenha se metido. E como magica meu querido conselheiro estava em minha frente me olhando curioso. E eu dei um pequeno salto para trás pelo susto. – Você tem poder de teletransportação?

Eu perguntei inclinando meu rosto para o lado olhando para ele curiosa e um pouco assustada.

Ele me olhou como uma doida em troca. – Tele o que?

Belial riu atrás de mim enquanto observava a interação meio estranha entre mim e Zyndor.

- teletransportação. – Eu disse para ele pausadamente. Mas ele me olhou ainda mais confuso. – é um poder que os humanos inventaram para suas histórias fictícias sobre heróis e essas coisas, a pessoa que obtém o poder pode aparecer em qualquer lugar quando quiser.

Belial ainda ria como um idiota.

- Bem, você me invocou na verdade? – ele disse me olhando engraçado.

- Eu te chamei apenas, você que surgiu na minha frente do nada. – Eu disse confusa.

Zyndor continuou olhando para mim daquele seu jeito confuso e hesitante. – Sim, por que você me invocou.

Falando no Diabo - Elo do submundo (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora