Trono meu

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- Povo do submundo, humanos e demônios, groncos e demerys. – A voz estrondosa e firme de alguém que ainda não tomei conhecimento varre por todo o local. – É com enorme prazer que venho informar, de maneira oficial a todos vocês, que a nossa Rainha, Elowen, filha do rei do inferno, está de volta em seu reino de origem.

Tum. Tum.

Tum. Tum.

Os meus batimentos dilatavam em meus ouvidos, como uma música de fundo me levando a pequena derrota dentro de mim. O medo cego, a dor gritante e a ansiedade que rastejava em meu peito.

Eu estava ainda dentro do castelo, ainda estava em minha zona de conforto. Mas eu estava prestes a lidar com aqueles que me repugnam, outra vez.

- Se jogarem tomates em você, eu espero que estejam podres. – A voz irritante de Caim disse trás de mim. Eu e Damon olhamos para trás ao mesmo tempo, já que ele estava bem ao meu lado. Damon o ameaçou com o olhar de fogo, e eu sei que se eu não estivesse preste a lidar com algo pesado, Damon teria queimado a língua de Caim. Algo em mim não gostou de imaginar isso. O lance do amor e ódio. – O que é? Já não temos comida o suficiente, desperdiças seria um sacrílego.

Revirei os olhos bufando para a forma cínica como ele havia dito.

Damon também ignorou ele quando sentiu que eu não havia ficada nem uma pouco ofendida ou magoada com ele.

- Teremos a nossa Rainha outra vez, não estamos mais sozinhos! – O homem gritou com animação, mas a resposta que ele teve foram os grilos cantando. O público nem mesmo vaiou ou aplaudiu, como se nem isso eu merecesse.

Ele olhou para os lados murchando como se sua animação fosse embora.

- Temos que ir. – Zyndor cochichou em meu ouvido. – E você tem que ficar atrás.

Ele disse a Damon.

Quando Damon estava saindo e soltando a minha mão, eu segurei ele pelo braço, mas me virando para Zyndor. – Ele entra comigo.

- Se você não é Rainha, não pode fazê-lo rei. – Ele disse suavemente como sempre.

Senti um rosnado sair de minha garganta, como um animal raivoso.

Que diabos?

- Ele fica comigo. – Eu disse entredentes, vendo o semblante de Zyndor vacilar pelo medo. – Eles ficam comigo.

Eu disse me lembrando dos outros cavaleiros.

Zyndor se curvou apenas com a cabeça rapidamente. – Sim, majestade.

Eu pisquei meus olhos rapidamente, sentindo algo como vergonha ou pena pela forma como o tratei.

Eu me desculparei assim que terminamos isso, mas meus cavaleiros entram comigo.

Damon ficou ao meu lado, enquanto os outros ficaram atrás de mim.

Algo se formou ao meu outro lado, e quando olhei, pude observar Sombras.

Ele estava diferente, não era magro, ele estava forte e grande. Seus olhos olharam para mim, e algo como um sorriso saiu em seu "rosto".

Me senti mal por tê-lo deixado de lado quando vim para cá, mas estava tão de cabeça cheia, que mal me lembrei dele.

Eu sorri de volta com um aperto no peito.

Uma música alta e cheia de suspense preencheu o ambiente, o trompete cantou as notas que deixou meu coração ainda mais acelerado.

Apertei com força a mão de Damon, que apertou de volta. – Eu estou aqui, estamos aqui.

- Quando você quiser. – Cae disse atrás de mim, eles esperariam o tempo necessário que eu estivesse pronta.

Falando no Diabo - Elo do submundo (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora