A primeira coisa que eu fiz ao chegar no submundo foi pesquisar.
Se lembra dos cactos carinhosos? Pois bem, ainda estou na busca de ajuda-los com suas manias de abraço.
- Tem certeza que não tem nenhum feitiço para isso? – eu perguntei para Kilton enquanto ele me ajudava a folear os livros.
- Eu te disse, só estou procurando porque insistiu, tenho certeza que não há feitiços de como mudar algo no submundo, apenas você com o seu poder. – Ele insistiu repetindo aquilo que já havia dito várias vezes.
Eu não conheço meu poder, não sei como controla-lo, então não tem essa opção aberta.
- Droga. – Eu resmunguei notando que talvez isso não fosse solução para o momento. – Certo, Kilton. Pode ir voltar ao que estava fazendo, acho que não a muito o que fazer então.
Eu disse sentindo o desanimo em minha voz.
Vi a pena no rosto de Kilton, mas ele logo saiu fazendo o que eu disse.
Antes de chegar até a porta de saída, ele se virou para mim como se uma coisa iluminasse em sua cabeça.
- Você lembrou de algum feitiço? – eu perguntei com a esperança grande sobre a minha voz.
- Não, não é isso. – Ele disse, mas estava animado ainda com seja lá o que que brotou em sua cabeça. – Mas é uma coisa que vai te deixar animada.
Mesmo sentindo uma certe chateação ao não poder resolver o meu caso, pelo menos eu teria alguma notícia boa.
- Então me diga, Kilton. – Eu disse o apressando pela curiosidade.
- Lembra que você disse que mesmo quando você se declarar rainha, iria ficar chateada porque Damon sendo rei teria que ficar longe dos cavaleiros. – Ele disse me lembrando de mais cedo.
Eu havia feito esse desabafo com ele.
- Sim, eu me lembro. – Eu disse.
- Olha, você pode declara-los como seus braços direitos. – Ele disse animado.
- Mas uma rainha só tem um braço direito. – Eu disse confusa.
- puf, pare de ser tão modesta. – ele disse revirando os olhos com um sorriso. – Você é a rainha, pode ter quantos quiser.
Bom, nisso daí ele estava certo.
- Tá bem, vou pensar sobre isso. – Eu disse sorrindo para ele.
E logo Kilton seguiu de volta o seu caminho para fora da biblioteca.
Ainda era manhã, e eu resolvi subir para os meus aposentos um pouco.
Era tão frustrante como eu poderia arrumar tanta coisa aqui com meus poderes, mas simplesmente não posso, porque não sei como.
Eu bufei chateada com o esse pensamento.
Quando cheguei a sala do meu quarto, Caim já estava lá.
Ignorei um pouco do desconforto que senti ao pensar que ele tinha entrada livre para um cômodo tão íntimo meu, e provavelmente entrada livre em vários outros.
- O que está fazendo? – eu perguntei me sentando no sofá mais próximo, e olhando para ele, que estava cheio de roupas penduradas sobre os seus ombros.
- Vou deixar alguns tecidos aqui, para você dar uma olhava, escolhe e aí eu vejo alguns modelos para fazer. – Ele disse meio tedioso jogando os tecidos em cima do outro sofá.
Me levantei indo até lá olhar.
Tinha vários tipos, vermelhos brilhantes, brancos lindos e entre outros chamativos.
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Falando no Diabo - Elo do submundo (Livro 2)
FantasíaDescobertas. As descobertas são caminhos, aqueles que podem levar a algo bom e alguns que levam a ruína. Eloise Jones Depois que descobri ser o Elo com o meu amado, tudo parecia se encaixar agora, tudo parecia fluir finalmente. Mas aquela velha par...