O mar devolve aquilo que é seu.

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Estava tomando um capuccino com o Yoongi enquanto ele não era chamado para o trabalho, ele cursava direito para ser um advogado e estava estagiando como guarda municipal, não entendi até hoje o porque dele ter decidido isso, mas eu gostava desse trabalho dele, me livrava de muita coisa.

— Kookie, finalmente te achei. — Hoseok parou do nosso lado recuperando o fôlego.

— Porque veio correndo, aconteceu alguma coisa?

— Os outros ovos chocaram, temos que levar eles para a areia.

— Uhul, finalmente todas vão para casa. — Falei animado tentando terminar o café rápido.

— Vai com calma, assim vai se engasgar! — Yoongi tentava me controlar.

— Pronto, vamos Hobi? Quer ir também Guinho? — Falei colocando a xícara na mesa.

— Não obrigado. — Sorriu sem mostrar os dentes. — Vou fazer companhia ao Jin.

— Você quem sabe. — Dei de ombros e sai com o Hoseok. — Meu pai não conseguiu pescar nada ontem.

— Porque? O mar estava agitado?

— Antes fosse, ele já pescou com tempestades enormes. Foi o Kraken, acho que de certa forma ele não ficou feliz por nós dois estarmos lá.

— Você está lá! — Ele me corrigiu. — Eu não entrei na água, tá, eu entrei no final, mas porque você falou, e ainda não entendi o porque você fez aquilo.

— Senti alguma coisa querendo puxar meu pé, então sabia que ele podia estar ali por perto e você viu como o mar estava recuando para trás, daquela forma não tinha caiaque que chegasse em terra.

— Isso foi verdade, e bem estranho. Assim que pisamos no raso toda a água voltou ao normal.

— Pois é, e o povo ainda não acredita nas criaturas. — Falei ao entrar no laboratório. — Oi meus bebês. — Falei ao ver todas as tartarugas se embrenhando uma nas outras. — Eu e o tio Hobi vamos levar vocês para casa, deixa só eu me preparar aqui.

— Ótimo, virei tio de 50 tartarugas. 

— Trina e cinco tartarugas. — Corrigi ele.

— Tinha 50 ovos. — Falou preocupado.

— Sim, levamos 15 ontem. — Falava sem olhar para ele. — Você não estava anotando isso? — Finalmente o olhei repreendendo, posso até ser o mais novo em idade que ele, mas no estágio sou praticamente o patrão dele.

— Anotei, mas não lembrava disso.

— Quero que me ajude a encontrar minha prancha. — Comentei.

— Ah não Jungkook, uma hora dessa ela deve está em alto mar, se brincar algum pescador deve ter pego para usar quando algum tripulante cometer algum erro e ele colocar o cara para andar na prancha e o empurrar no mar para os tubarões. — Falava pegando as tartarugas.

— Não estamos na cadeia alimentar dos tubarões, Hobi. Eles jamais comeria um ser humano, a não ser em uma situação de extrema fome e necessidade e a pessoa ter o azar de está no mar nesse momento, e outra, não estamos no filme do Peter Pan nem no pica-pau. — Coloquei minha caderneta em baixo do braço e fui pegar os outros filhotes de tartarugas. — Se não quiser entrar na água arruma um barco a remo, mas quero achar aquela prancha. — Enfatizei o fato de querer achar a minha prancha.

— Qual sua obsessão por ela?

— Foi minha mãe que me deu, ela é a primeira prancha que eu tive, gosto demais dela.

My Passion Lives In The SeaOnde histórias criam vida. Descubra agora