Palavras sem significado

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Estava ouvindo uma música baixinha, mas não conseguia reconhecer a música, nem o cantor ou seria cantora? Então resolvi abrir os olhos e percebi que estava em um carro, olhei pela janela e reconheci ser uma rua de Seul, mas porque eu estava aqui nesse carro, em qual momento do dia eu vim a Seul de carro?

Olhei para o meu lado e estava o Jimin apoiado em meu ombro dormindo, ao seu lado tinha outro cara que eu não conseguia ver direito o rosto dele, mas pude notar que ele estava dormindo apoiado na janela do carro.

Meu pai estava dirigindo e minha mãe ao seu lado conversando, eles pareciam tão felizes, não tinham notado que eu estava acordado, olhei para minhas mãos, vi elas cheias de sangue, voltei a olhar para o meu pai que me olhava desesperado e chamando por mim, eu tentava responder ele, mas minha voz não saia, vi ele saindo do meu campo de visão e via apenas os pés das pessoas e foi quando uma luz forte invadiu minhas retinas e com um ato impulsivo fechei meus olhos forte.

— Jungkook, acorda meu amor. — Ouvi a voz do Jimin distante. — Volta para casa, sentimos sua falta.

Mas do que ele está falando? Como assim voltar para casa? Eu não estou em casa? Abri meus olhos novamente e ainda se mantinha tudo muito claro, vazio e frio. Voltei a fechar os olhos com ainda mais força e abri meus olhos percebendo que estava em casa novamente, olhei para meu lado e o Jimin não estava lá, eu estava molhado de suor, a cabeça a mil, meu corpo estava fraco, como se eu tivesse corrido uma maratona.

Me levantei e fui até meu pai me deparando com ele e o Jimin tomando café na cozinha, enquanto conversavam alguma coisa.

— Viu um fantasma? — Meu pai perguntou assim que me viu com os cabelos bagunçados.

— Fantasma? O que é isso? — Jimin olhou confuso para o meu pai.

— São almas daqueles que já partiram.

— E da para ver? — Ele arregalou os olhos.

— Só quem acredita neles, eu particularmente não acredito, então não vejo e nem me assusto. — Respondi e me sentei na cadeira ao lado de Jimin dando um selinho nele. — Tive um sonho ruim, você teve também?

— Não, sonhei com o oceano, mas estava tudo bem.

— Pensei que podia ter sido mais um daqueles truques da Dahye.

— Vai para a faculdade hoje? — Colocou uma xícara na minha frente.

— Vou, acho que estou atrasado inclusive.

— Ainda são 7:00 horas, vai que horas hoje?

— As 8:15, o Hobi vem me buscar, se ele não me esqueceu, né?! — Coloquei café para mim e peguei umas torradas. — De que vocês estavam falando?

— Sobre quando seu pai salvou minha mãe, eu não sabia disso, só tinha consciência de que ele era um protegido nosso.

— Ele te salvou e você me salvou depois, destino traçado perfeitamente. — Sorri para ele.

— Vocês foram escritos um para o outro antes mesmo de nascerem, talvez na outra vida vocês estavam juntos, e tiveram que continuar nessa vida juntos, por isso que você não podia morrer naquele dia, e nem daquela forma, na verdade, nenhum dos dois. — Meu pai falou pensativo. — Bom, vou trabalhar, mais tarde vejo o casal, se cuidem e não façam nada de errado.

— Não vamos fazer. — Jimin falou e sorriu inocente.

— Ele quis dizer para não transarmos. — Ri nasalado tomando um gole do café.  — Posso te fazer uma pergunta?

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