Noite de karaokê

89 9 2
                                    


Cheguei em casa esbarrando em algumas coisas que estavam na sala assustando o meu pai que estava sentado no sofá da sala vendo uma revista de carros.

— Desculpa, não tinha visto. — Ele sorriu. — São os preparativos para a pescaria? — Ele assentiu voltando a atenção para a revista. — Trouxe visita, espero que não se importe...

— São seus amigos?

— Novos amigos. — Chamei os dois com a mão. — Pai, esses são Sora e Jimin. — Quando falei o nome do meu pai largou a revista e olhou para o loiro que estava parado tímido na sala.

— Jimin, aquele Jimin? — Falou com os olhos quase saindo para fora fixos no loiro e não pude deixar de rir da reação do meu pai. 

— Ele mesmo, pai.

— É uma honra ter um príncipe na nossa casa. — Se levantou fazendo reverência. — Pode ficar a vontade, quer alguma coisa, uma água, um café, não sei o que vocês gostam. — Ele falava tudo rápido e eufórico e eu ri mais uma vez, e até os dois riram da situação.

— Uma água já está ótimo. — Ele sorriu doce. — E não precisa me tratar como um príncipe, quero que me trate normal quando estiver aqui.

— Então pretende voltar mais vezes? — Cruzei os braços olhando para ele.

— Talvez.

— Mostra a casa para eles filho, vou preparar um lanche. 

— Você soube do senhor Kim?

— Qual Kim?

— Pai do Tetê.

— Ah, soube sim, eu quem liguei para o Taehyung, acabei esquecendo que ele estava na aula. — Ele falava indo para cozinha.

— Estava com ele?

— Não exatamente, eu estava passando pelo bar quando vi.

— Mais tarde vou sair com os hyungs para o karaokê.

— Divirtam-se. — Falou da cozinha.

Eu segurei nos pulsos dos outros dois e levei eles para conhecer a casa, o galpão de fabricação de pranchas, mostrei até como faz uma, na verdade como terminar uma, já que tinha uma para terminar e não ia dar tempo de mostrar todo o processo, meu pai trouxe um lanche, eles comeram e ficaram conversando um pouco.

— Pai, você vai sozinho dessa vez?

— Sim, eu ia levar o Patrick, mas ele desistiu de ir, porque?

— Pode dar uma carona para eles? 

— Seria uma honra, mas eles não vão com vocês para o karaokê?

— Eu chamei eles, mas eles não pode,

— Ah, tem haver com o kraken?

— Sim, viemos em uma espécie de missão e tenho trabalhos para fazer lá.

— Você é um príncipe e ainda assim trabalha?

— Eu sou o príncipe dos seres do mar, mas quem manda mesmo é o senhor, se ele mandar fazer um trabalho, tenho que fazer. — Riu nasalado e abaixou a cabeça. — Foi a única forma que meus antepassados achou para viverem unidos.

— Uma decisão meio tosca, não?

— Eu também acho, mas se não houvesse esse acordo, não estaríamos aqui agora. — Sora comentou.

My Passion Lives In The SeaOnde histórias criam vida. Descubra agora