CINQUENTA E UM

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Meta de 380 comentários

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KAROL

Me aproximo do Gabriel que tá parado tipo uma estátua enquanto a Cecília tá tentando pegar a bola no chão.

— Biel?— chamo e ele não se move— Gabriel?!

O que rolou com ele?

Será que vou precisar jogar água? As vezes teve o piripaque do Chaves.

— Gabriel Barbosa?— balanço ele que enfim me olha.

Parece que tá em outro planeta.

— O que rolou contigo?

Ele olha pra Ceci que dá um sorrisinho.

— Gabriel?

— Ela...

— Ela o que?

— Ela me... puta merda, Karol— passa a mão no cabelo— ela... caralho.

Eu tô começando a ficar nervosa.

— Desembucha logo, cacete.

— Eu juro que minha intenção não é de roubar o papel do pai dela, só... só sinto vontade de cuidar dela e...

— Gabriel, o que aconteceu?— coloco a mão em seu ombro.

— Ela me chamou de pai.

Calma aí.

Agora quem travou foi eu.

Ela chamou ele de pai? Tipo de pai mesmo?

Não é possível.

— Papai bigol, Karol, ela me chamou assim.

Abro a boca, eu tô em choque.

Completamente em choque. Passada a ferro quente.

Olho pra Cecília que enfim consegue segurar pegar a bola e colocar em seu colo.

Fico intercalando meu olhar entre ela e o Gabriel que ainda tá paradão.

Pra ela ter chamado o Gabriel assim significa que está vendo ele como uma figura paterna, certo?

PUTA MERDA!

O que eu menos queria é que ela se confundisse. É apenas uma criança que mora longe do pai e talvez pelo Gabriel estar tão próximo passou a vê-lo assim.

Passou a vê-lo como um pai.

O que eu faço agora? Falo pra Cecília que o pai dela não é ele?

Mostro uma foto do Éder só pra ver se ela ainda vai chama-lo de pai?

Eu simplesmente não falo nada. Não consigo reagir.

— Vem jogar com a gente, Ceci— a Marília chama ela que dá uma risadinha e começa a engatinhar na direção deles.

𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora