Karoline Lima tem algumas marcas registradas: Disputas, pé feio, coisas anêmicas, relacionamentos que não deram tão certo e... Reagir a jogos, a famosa narração que anima todos, principalmente pelos apelidos que ela dá aos jogadores.
Ela decide rea...
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KAROL
Tá rolando um grande babado aqui.
Estou vendada, sentada ao lado do Gabriel que está da mesma forma que eu.
Meu coração tá acelerado, minha garganta seca e minhas mãos estão suando muito.
Se passaram três meses desde que descobri a gravidez, agora já estou no quarto mês de gestação, quase no quinto.
Ontem foi a minha última consulta antes de sabermos o sexo do bebê que será revelado hoje, mais precisamente agora.
Eu tô surtando de ansiedade, acho que a qualquer momento posso ter um treco e passar muito mal.
O Gabriel aperta minha mão, certamente pra passar um conforto que nem ele deve estar sentindo nesse momento.
— Vocês estão prontos?— a Priscila pergunta e eu concordo com a cabeça, mesmo não estando totalmente pronta.
— Estão mesmo?— agora é o Fabinho quem pergunta.
— Sim, andem logo com isso.
Eita como é paciente esse Gabriel.
— Não tirem a venda por favor, só façam isso quando a gente pedir— a Dhiovanna diz.
Tem muita gente reunida aqui, minha mãe, irmã, os pais e a irmã do Gabi, Priscila e o Fabinho que são os assessores que no momento estão tendo paz.
— Vou colocar a tinta na mão da Ceci e ela vai passar na roupa de vocês— ela continua explicando enquanto eu tento lutar contra o choro que já quer escapar.
Aguenta, Karol, você não pode sair chorando no vídeo e estragar tudo.
Que o Gabriel não chore também porque ele também fica horrível.
Enfim, o casal do choro feio.
Começa a tocar a música "iguaria da Luísa Sonza" bem no momento que eu ouço os passinhos da Ceci se aproximando.
Essa música diz muito sobre minha relação com o Gabi. Ele curou minhas feridas, depois dele veio paz resolvida. Me sinto tranquila ao seu lado. Ele é algo que há muito tempo eu não via, foi um cuidado que curou.
Acho que o nosso amor realmente é uma iguaria, algo muito gostoso de sentir e viver.
— Mamãe— a Ceci diz e eu mordo meu lábio pra reprimir o choro— amo mamãe— da uma risadinha e então sinto um beijinho ser depositado em minha testa e suas mãozinhas de cada lado do meu rosto. Quando sinto algo meio gelado sei que é a tinta.
