TRINTA E OITO

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KAROL

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KAROL

— BOM DIA, O SOL JÁ NASCEU LÁ NA FAZENDINHA — canto alto e subo em cima do Gabriel que tá dormindo.

— Fica quieta, mano— pega um travesseiro e tenta acertar em mim, mas falha miseravelmente.

— Já são quase dez horas da manhã, acorda.

— Ainda é cedo.

— Sua bunda, vamos, levante-se.

Passo a mão nas costas dele, observando as tatuagens que cobrem toda a pele.

— Eu não quero levantar agora.

A voz rouca atinge pontos sensíveis em mim, confesso.

— Tenho que voltar pro meu apartamento, a Ceci não vai gostar nadinha de não me encontrar lá.

— Você tá em boas mãos— fica de barriga pra cima, ainda me mantendo em cima dele— não tá?

— Ótimas mãos— dou um sorrisinho.

— Oxi, tu já tá arrumada?— ergue a sobrancelha.

— Sim, ué, tomei banho e fiquei bem lindona pra você me levar pra casa— sorrio e saio de cima dele— vai, não enrola.

— Queria ficar aqui com tu, pô— tenta me puxar de volta pra cama.

— Fica lá em casa.

— Só vou porque a Cecília tá lá— se senta e ajeita a cueca no corpo.

Vou nem olhar muito pra não acabar sem roupa novamente.

— Só por causa dela?

— Cê sabe que não— levanta e olha nos meus olhos— não sabe?

— Não sei se eu sei.

— Mas eu sei que você sabe.

— Como você sabe que eu sei se nem eu sei que sei?

— Meu Deus, eu acabei de acordar, não tô raciocinando.

— Vai se arrumar logo.

— Tá bom, pô— se aproxima, deixando um beijo na minha bochecha— volto já— bagunça meu cabelo e se afasta.

Atentado.

Aproveito pra dar uma organizada na cama que tá toda bagunçada e quando termino, saio do quarto e vou até a sala.

No mesmo momento a porta é aberta e o Fabinho passa por ela.

Bacana...

— Bom dia— digo e ele me olha.

𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora