CINQUENTA E SETE

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KAROL

— Puta meeeeeeerda Gabrieeeeeeel, eu juro que vou te matar e depois te reviver só pra ter o prazer de te matar de novo!

— Não diz nada, só corre!

É fácil falar quando se é atleta, o que não é meu caso.

Tô sem fôlego, minha garganta tá seca e meu coração tá na boca.

— Caralho, me esperaaaaa— fico puta por ele já estar lá na frente.

— Cacete, loira, vai mais rápido aí— ele para de correr e eu também paro, colocando as mãos nos joelhos e me abaixando um pouco— não para.

— Acho que agora ele não vai mais pegar a gente.

Aí ouço um latido e arregalo os olhos.

— PUTA MERDA— grito, voltando a correr novamente logo atrás do Gabriel.

Seguro minha generosidade porque tá complicado.

Olho pra trás e o cachorro ainda tá vindo atrás da gente, eu tô quase parando de correr e deixando que ele me pegue.

Vejo a casa do Gabriel e é como se tivesse vendo a luz no fim do túnel.

Eu não deveria nem ter saído, sério.

Ele abre a porta e eu só tento correr mais rápido.

— Entra— ele praticamente me empurra pra dentro da casa e entra logo em seguida.

Me jogo no chão, sentindo que estou prestes a ter um ataque cardíaco.

— Eu tô passando mal— digo e fico desacreditada quando ele se joga no chão também e começa a gargalhar como se fosse um retardado.

— Pelo menos deu certo, ó— ele mostra a sacola em que colocamos a acerola.

Bom, basicamente fomos pegar acerola lá no parque aqui do condomínio pra fazer um suquinho, o Gabriel disse que podia, mas a gente só não imaginava que um cachorro simplesmente iria odiar nos ver ali.

Juro, ele começou a latir tão forte, parecia que tava com ódio.

Fazemos o que qualquer pessoa faria: corremos.

𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora