CINQUENTA E NOVE

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KAROL

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KAROL

O Gabriel do nada me arrastou pra uma festinha.

Levando em conta que amanhã é nossa viagem pra São Paulo, o melhor que deveria ser feito é estarmos dormindo, né? Vai falar isso pra ele.

A Cecília ficou dormindo na maior paz, a Rose ficou de tomar conta dela, as duas se deram bem e a Ceci amou as comidinhas não anêmicas.

Enquanto isso cá estamos nós, no perigo noturno.

— Chegamos, hein— o Fabinho que tava dirigindo o carro fala assim que estaciona, pelo que eu tô vendo, paramos em frente a uma casa.

— Achei que cê tava me levando pras melhores do Rio— olho pro Gabriel que tá sentado do meu lado.

— As melhores do Rio são festas feitas em casa, pô.

Quero nem saber o que rola nessas festas.

Ele abre a porta do carro, desce e me olha.

Pô, tá um gato todo de preto e o colar prateado se destaca em seu pescoço.

— Vem cá, minha loira— chama.

Juro que senti um frio irado na barriga.

Chego pro lado e coloco meus lindos pés pra fora do carro, segurando na mão dele e saindo do carro.

— Achei romântico, pô— digo e ele ri, fechando a porta.

— Aí, podem ir entrando já, só vou estacionar o carro.

— Já é, Fabinho— ele fala e me olha— vamos?

— vamos, né?— ajeito meu vestido e passo a mão no meu cabelo— você pelo menos conhece as pessoas que vão estar aí?

— Conheço, pô, relaxa, me dá a mão.

— Vai entrar de mãos dadas comigo?

— Óbvio, acha que vou te deixar solta por aí?

— oxi, se liga.

— Só quero que vejam que eu tô muito bem acompanhado.

Olho desconfiada pra ele que me estende a mão e da um sorrisinho.

Um maldito sorriso que torna tudo difícil.

Dou a mão pra ele que entrelaça nossos dedos e chega mais perto de mim, esbarrando o braço no meu.

𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora