𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹

SETENTA E UM

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KAROL

As vezes a calmaria preocupa um pouco, né? Pois agora eu estou extremamente preocupada porque tá tudo silencioso.

Ou eles se deram bem ou se mataram, das duas uma.

Eles me disseram que queriam conversar a sós, mas levando tudo em conta, não dá mais pra deixa-los sozinhos.

Tenho até medo do que posso encontrar.

Decido ir até lá e se tiver rolando uma luta, irei ser a responsável de jogar a toalha branca.

Só que quando chego na sala, me deparo com eles sentados, quietos e... CARALHO, o Eder tá colocando gelo no rosto.

O Gabriel socou ele e eu não vi?

- Vamos embora, Gabriel- falo e os dois me olham ao mesmo momento.

Desço meu olhar até o gelo que o Gabi tá colocando na mão dele.

Caralho, eles brigaram mesmo!

- Vamos, pô, terminamos nossa conversa- se levanta.

- Conversa?- ergo a sobrancelha.

- Sim, ué, conversa.

- Esse otário me socou.

- Fica na tua, manco.

Foi assim que eles conversaram?

- Você bateu nele?- olho pro Gabriel que passa a mão na cabeça- fala.

- Bati, e aí? Vai falar que não era pra fazer isso?

- Não falei nada disso.

- Vamos embora- ele joga o saquinho com gelo em cima da cadeira e se afasta.

- Vocês pelo menos conseguiram se acertar?- pergunto pro Eder.

- Primeiro acertamos a porrada um no outro, mas conseguimos conversar e deixar as paradas claras.

Me aproximo um pouco e olho pro seu rosto que tá marcado, ao lado do olho direito e da boca.

Gabriel pegou pesado.

- Tá doendo?

- Tá, pô- se levanta com uma certa dificuldade e coloca a mão na barriga- ele socou minha barriga também.

Meu Deus!

Olho pra trás e vejo o Gabriel parado ali com os braços cruzados e de cara fechada.

- Karol, eu queria pedir desculpas pelo que te falei, por tudo mesmo, desculpa por ter te magoado. Eu sei que tu é uma mãe foda pra nossa filha.