CINQUENTA E CINCO

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KAROL

Fico observando com atenção o Gabriel e a Cecília, eles estão brincando.

Eu tô bem melhor, hoje mais cedo tive uma crise de ansiedade muito forte e se não fosse o Gabriel eu nem sei o que teria acontecido.

Aí depois disso a gente transou na sauna.

Tipo, não dá pra entender, foi tudo de cem pra mil em pouco tempo, mas pelo menos foi incrível.

Dou risada quando o Gabriel começa a tocar o piano como se fizesse isso perfeitamente bem sendo que é completamente horrível.

— Aí, qual é aquele cara que toca piano?— pergunta pra mim.

— E você pergunta isso logo pra mim? Que conhecimento eu tenho sobre pianistas?

— Sei lá, achei que soubesse.

— Mas prossiga.

— Tô tocando melhor que ele.

— Você é um piadista e não um pianista.

Caraca, fui incrível nessa.

Meu raciocínio é muito bom.

— Hahaha que engraçada— finge uma falsa risada.

— A Cecília tinha um sítio— ele canta enquanto toca o pianinho.

— Ia ia o— ela completa.

Ai caralho, isso é muito fofo.

— E nesse sítio tinha um burrinho— aponto pro Gabriel.

— Ah não, pô, chega— nega com a cabeça eu dou risada— brinca demais, eu hein.

— Não fica bravo— me levanto e vou até eles, me sentando perto do Gabi.

— Não tô bravo.

Deito a cabeça em seu ombro e ele beija minha testa. Tudo isso sob o olhar da Cecília que ergue a sobrancelha.

— Oxi— diz e nós dois damos risada.

— O bigol é meu também, sabia?— digo e deito um pouco no colo dele.

— Naaaaa.

— Siiiim.

— mamain— choraminga— papai bigol.

Ah...

— Puta merda— ele abaixa a cabeça e apoia em meus peitos— toda vez eu surto com isso.

Passo a mão em seu rosto e dou um sorriso.

— Eu também— confesso.—Vem cá, tutuca— chamo a Ceci que dá um sorrisinho e larga o microfone, engatinhando até a gente.

Ela deita a cabeça no meu ombro e coloca a mão na cabeça do Gabriel, dando um tapinha.

𝗜𝗚𝗨𝗔𝗥𝗜𝗔•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora