Aparição.

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Jackeline já havia acordado antes e descido para a cozinha para fazer o café da manhã, ela amava a visão da cozinha quando os raios mornos da manhã penetrava as janelas e iluminava o cômodo, dava uma sensação de calmaria e relaxamento, como alguém que acaba de acordar depois de ter uma ótima noite de sono, a sensação de acordar cedo era maravilhosa, cozinhar enquanto sentia o calor morno do sol nascente era indescritivelmente adorável. Após ter terminado de cozinhar ela tomou seu café da manhã, lavou o que sujou e esperou seu filho e marido acordarem.

Demorou até que alguém descesse para comer, ela achou isso estranho, visto que Chris sempre era o primeiro a descer, mas o que aconteceu foi o contrário, quem desceu primeiro foi Josh depois de muito tempo, o homem deu um longo bocejo e foi até a cozinha cumprimentando sua esposa.

— Bom dia, querida. — Diz Josh com um sorriso, andando até ela.

— Bom dia, querido. — Diz Jackie cumprimentando de volta e dando um beijo em seu marido antes do mesmo se sentar e começar a tomar o seu café da manhã. 

— Parece que eu fui o primeiro a descer, não é? — Comenta Josh, parecia até surpreso ao ver que seu filho ainda não tinha descido.

— Parece que sim, eu até estranhei um pouco, você acha que aconteceu algo? — Pergunta Jackie em um tom preocupado.

— Ah, deixa ele, querida, vai ver ele só teve uma semana cheia e quer passar mais tempo na cama, afinal, hoje é sábado. — Diz Josh tranquilizando Jackie e sorrindo para ela.

— É, talvez tenha razão. — Diz Jackie sorrindo fraco e apoia a cabeça na mesa, esperando por seu filho.

Após o marido ter terminado sua refeição foi quando Chris desceu as escadas e andou até a cozinha.

— Bom dia, filho! — Diz Jackie com um sorriso, mas que desapareceu quando viu o rosto de Chris, olheiras grandes e pretas podiam ser vistas debaixo de seus olhos.

— Bom dia, mãe. — Diz Chris meio grogue dando uma volta na mesa e indo até os armários para poder tomar os remédios.

— Você está bem? Dormiu bem? — Pergunta a mãe, parecendo bem preocupada.

— Eu nem dormi, não consegui… — Responde caminhando até a mesa depois de ter engolido os remédios, ele começa a comer devagar e sem vontade.

— Por quê? Aconteceu alguma coisa? — Pergunta mais uma vez fazendo carinho na cabeça de Chris.

— Insônia, nada demais… — Responde de maneira evasiva e seca.

Jackie sabia que tinha algo errado, mas ela não queria insistir nas perguntas e ficar pressionando Chris que parecia abalado e frágil mentalmente, mesmo sabendo que demoraria para ele se abrir ela ainda tinha esperança de que ele fosse contar o que o afligia.

— Filho… — Diz Jackie com uma voz calma e acolhedora. — Você sabe que pode contar o que quiser para mim, se tem algo lhe incomodando não tenha medo de dizer isso para mim, você sabe que eu me preocupo com você, eu não vou te julgar e nem nada… Só quero saber o que te incomoda, é a casa nova que a gente se mudou? — Ela delicadamente vira o rosto cansado de seu filho para seu rosto jovial e preocupado.

— Não, não é a casa, eu até que gostei daqui, não se preocupe com isso, mãe… Quando chegar a hora certa talvez eu possa falar, eu só tô cansado, ok? — Diz Chris tranquilizando Jackie, forçou um sorriso no rosto e apertou de leve a mão da mulher.

A mãe sorriu de volta e deixou o garoto comer, após ele ter terminado a refeição ela recolheu o prato e o copo e começou a lavar a louça. O garoto se levantou e foi até o andar de cima lavar o rosto e escovar os dentes, havia esquecido disso no caminho para a cozinha; ao ter terminado suas higienes matinais ele voltou para o quarto mais desperto pelo efeito dos remédios e ter molhado o rosto; sentou-se na cama e suspirou, já tinha aberto as cortinas depois daquela sensação ter desaparecido.

DetachmentOnde histórias criam vida. Descubra agora