Maycon começou o dia indo para a cozinha, ir beber água; lá ele encontra sua mãe, uma mulher de meia idade de cabelos cacheados e pele negra, a mesma estava cozinhando, dava para sentir o aroma agradável no ar que até saía da cozinha e ia para a sala, a mulher virou-se para ver seu filho adotivo.
— Bom dia, filho. — Diz a mulher com um sorriso cansado.
— Bom dia, mãe, o que tem para o café da manhã. — Diz Maycon esfregando os olhos e se sentando na mesa.
— Ovos mexidos. — Responde colocando o prato na mesa. — Dormiu bem?
— Sim. — Ele começa a comer. Ele termina de engolir o pedaço antes de continuar falando. — Só tive um sonho esquisito, de novo, nada demais.
— O importante é que você dormiu bem. — Diz a mulher calmamente. Uma garotinha de uns dez ou onze anos se faz presente na cozinha segurando um coelho de pelúcia enquanto esfregava seus olhinhos.
— Olha só quem acordou sozinha, parece que eu não precisei ir ao seu quarto te acordar com cócegas. — Diz Maycon com um sorriso travesso e gesticulando com a mão cócegas, o que fez a garotinha soltar risadas.
— Bom dia, Maria. — Diz a mulher cumprimentando sua filha e a chamando para a mesa e se servir.
A família tomou o café da manhã felizes, o clima estava descontraído e agradável, o lugar onde viviam era pequeno, mas suficiente para abrigar eles e os manter ali, os arredores eram vazios e um pouco longe de uma vizinhança ou uma cidade, era bem escondido. O garoto se lembra de não ter se incomodado com o fato da casa ser pequena ao ser adotado, visto que, os dormitórios do orfanato muitas vezes eram compartilhados e era difícil ter privacidade na maior parte do tempo, não era surpresa Lukas fugir tanto para o matagal e se isolar longe das outras crianças, deve ter sido insuportável para ele ter continuado naquele lugar até os dezoito anos e sem ninguém ter o adotado. Maycon tem vagas lembranças do dia que recebeu notícia de que seria adotado, só lembra da parte de ter ficado feliz, mas triste ao ver a reação de Lukas melancólico, pois muitos, incluindo o menor, seriam adotados e ele ainda não havia sido ainda e achava que não seria e sairia do orfanato quando atingisse a maioridade, o que anos mais tarde se provou sendo verdade e acabou crescendo sem saber como é ter uma figura paterna ou materna, a única pessoa que ele considera como família mesmo é o próprio Maycon.
Os primeiros dias na sua nova casa foram… Estranhos, desde que se mudou para lá ele não avistava mais o “Slenderman” ou “Announcer” com tanta frequência como antes, o que era bom, mas por outro lado… A família não era só composta por ele, a irmã e a mãe; tinha o pai também cuja companhia era agradável, no entanto, ele não era um bom exemplo a ser seguido como figura paterna, estava sempre pulando de emprego em emprego, voltava para casa tarde e sempre gastava o dinheiro das contas em coisas fúteis como bebidas; as brigas eram frequentes e Maycon sempre tinha que ficar com sua irmã e distrair ela das discussões e das palavras feias que eram proferidas pelo casal; após muito tempo de brigas o casal decidiu pedir o divórcio, eles estavam relutantes em fazer isso por causa do dinheiro, obviamente a guarda dos filhos ficaria com a mãe e com ambos separados eles poderiam passar por problemas financeiros, mas acabaram decidindo que seria melhor para os filhos viverem em um ambiente saudável do que em um ambiente de briga.
Depois do divórcio a mãe passou a trabalhar em vários lugares para reunir o dinheiro, que às vezes não era o suficiente, sempre acabava voltando exausta para casa e raramente via os filhos ou comida decente na mesa. Alguns meses tinham se passado depois do divórcio e Maycon já estava com quinze, havia decidido que ajudaria sua mãe com o dinheiro, então passou a fazer estágio em alguns lugares como em uma loja de um senhor simpático; um supermercado; e até no mecânico. Equilibrar seu tempo na escola e no trabalho era algo extremamente difícil, quando se deu conta só aparecia em casa somente à noite, os dias mais leves eram nos fins de semana já que não tinha aula, mas ainda sim era cansativo e nem se lembra direito como era seu cronograma, mas provável que devia ser uma bagunça.
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Detachment
FanfictionDepois dos eventos de Clockwork, Chris tenta prosseguir com sua vida novamente em outro lugar, longe da cidade por onde morou por muito tempo, tentando se desprender do que houve anteriormente... Escapar dos traumas que tudo aquilo lhe causou, mas o...