A ventania fazia os cabelos de Suzane e sua longa saia de seu vestido se moverem na direção onde o vento ia, esvoaçantes em intervalos hipnóticos, era realmente uma garota bela e inocente, mas sua bela feição estava tomada por uma aflição que já estava a incomodando fazia um tempo. Enquanto andava, pensava em duas pessoas, seu pai e Vector, seu parente andou muito desnorteado com alguma coisa e ele parecia constantemente querer evitar falar do assunto com ela, e com o este último não era diferente, se perguntava o que estava acontecendo; e por estar tão imersa em seus pensamentos ela acaba esbarrando em alguém e tropeça caindo de joelhos.
— Ai! Perdão! Eu não te vi… — Indaga Suzane com um pouco de dor pela queda, mas estando envergonhada por ter esbarrado em alguém. — Me desculpa…
— Não foi nada, senhorita. — Diz uma voz extremamente calma, bela e angelical, ela sentiu uma calmaria estranha ao ouvir o timbre da voz, seus olhos que estavam focados no sapatênis do sujeito se ergueram para encarar o rosto que não podia ser visto graças a luz do sol. — Eu que peço desculpas por ter entrado no seu caminho e ter te derrubado. — Diz o sujeito cuja voz era tão bela quanto o sons de uma harpa tocadas por um anjo, estendendo a mão para a garota oferecendo ajuda para se levantar.
— Ah, muito obrigada, senhor. — Diz Suzane um pouco sem jeito, pegando na mão do desconhecido e se levantando facilmente, conseguindo finalmente ter um vislumbre de seu rosto.
Era um garoto de aparência jovial, aparentava ser um pouco mais velho do que ela, seus cabelos eram longos e loiros que brilhavam a luz do sol, um leve sorriso genuíno e gentil estava estampado em seus lábios fechados. Suas vestes eram peculiares, ele vestia uma blusa xadrez vermelha e preta por cima de uma camiseta de uma banda chamada “Deftones”, usava calças jeans que eram rasgadas na parte dos joelhos e sapatênis que foi a primeira coisa que viu daquela pessoa, no pulso da mão onde ela ainda segurava se encontrava uma pulseira com espinhos, em volta do pescoço do garoto ela poderia ver uma pequena corrente de prata.
— Você se machucou? — Pergunta o loiro em um tom de preocupação o que pareceu despertar a garota, que parecia estar em algum tipo de transe.
— A-ahm? Ah sim, eu tô bem, não se preocupe, eu não me machuquei tanto assim! — Indaga Suzane se atropelando um pouco nas palavras, o rubor em suas bochechas eram notáveis e ela solta a mão dele.
— Hmmm, tudo bem, tome cuidado… Você parecia meio distraída. — Diz o loiro a fitando com seus olhos azuis como o céu, eles eram muito bonitos assim como o resto da aparência dele, no entanto tinha algo no olhar dele, por mais lindo que fossem os seus olhos havia algo desconcertante que era ofuscado por suas outras características… Vazio, o olhar era vazio, no entanto, a garota não dava a devida atenção para esse detalhe.
— A-ah, bom… Como eu posso explicar, eu estava pensando em algumas coisas. — Diz Suzane desviando um pouco o olhar e adotando sua face aflita e melancólica novamente.
— O que te aflige, senhorita? — Pergunta o loiro da sua forma cordial que havia demonstrado até aquele momento.
— Eu não sei se eu deveria contar, é que… Eu acabei de te conhecer, não sei se eu deveria estar falando disso com estranhos. — Suzane parecia relutante.
— Você tem alguém com quem possa falar disso?
— Eu tenho meus amigos, mas… Eu não sei, eu não costumo tratar desses tipos de assuntos com ele, eu não sou muito aberta, entende? Na verdade… Nenhum deles é completamente aberto também. — Confessa Suzane passando a mão pelo seu próprio braço, enquanto olhava para o lado.
— Hmmm… Sabe, eu ouvi falar que estranhos são os tipos de pessoas mais fáceis de conversar.
— Como assim?
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Detachment
FanfictionDepois dos eventos de Clockwork, Chris tenta prosseguir com sua vida novamente em outro lugar, longe da cidade por onde morou por muito tempo, tentando se desprender do que houve anteriormente... Escapar dos traumas que tudo aquilo lhe causou, mas o...