Silêncio era o que permanecia na mente de Chris e o ambiente a sua volta, era somente nesses momentos que uma tranquilidade momentânea passa por seu corpo, fazia ele esquecer que havia forças desconhecidas além de sua compreensão o querendo por alguma razão obscura, ainda era algo difícil de processar e estava usando todas as suas forças para se manter de pé contra inimigos invisíveis, mas a cada revelação o medo crescia; aparentemente Vector está morto e tudo isso por causa indiretamente de si mesmo; revirava-se na cama pensando nisso, já não estava mais tão confortável, será a ficha caindo? Talvez fosse… Mais uma pessoa que morreu indiretamente por causa dele.
Antes que sua mente começasse o torturar ele sentiu uma vibração vindo de seu bolso junto de um toque alto, fazendo ele abrir os olhos e lentamente se sentar na cama, retirando o celular de seu bolso ele checa as horas e vê que estava para o anoitecer, o jantar estava próximo. Ao ver quem o chamava pelo telefone, viu o nome de Aliza, fazendo o garoto ficar confuso com aquilo, mesmo relutando bastante em atender ele fez mesmo assim e aproximou o aparelho de sua orelha, tomando coragem o suficiente ele suspirou.
— Alô? — Pergunta ele de forma relutante.
— Oi Chris, é Aliza. — Diz Aliza do outro lado da linha em um tom cansado.
— Hey… Como vai? — Pergunta ele um pouco desconfortável.
— Olha… Eu liguei para me desculpar, eu não deveria ter batido em você ou ter te tratado daquela forma, foi mal mesmo. — Diz ela com um tom de voz envergonhado
— Oh, wow… Não tem problema, Aliza, não esquenta.
— Eu não sei o que deu em mim, eu sei da sua situação e eu fui muito cuzona.
— Olha, relaxa, ok? Eu não tô com raiva de você, ou algo assim, além do mais eu também mandei muito mal, não deveria ter descontado em você.
— De qualquer forma eu te dei um soco, você só tentou falar… Ai, ai, mas não importa mesmo, de uma coisa você tava certo, eu realmente estava querendo te falar alguma coisa.
— Imaginei, e… O que é que você quer me falar?
— Acho melhor não agora, quero falar isso pessoalmente e em um lugar seguro… Tô me sentindo observada.
— Ah, tudo bem… Onde você quer me encontrar? — Dizia ele enquanto checava as janelas só para ter certeza de que não estava sendo observado.
— Naquela cafeteria, você sabe onde é… Vai ser amanhã depois da aula, se não tiver problema.
— Não, vai ser bom para eu ir.
Os dois continuaram conversando brevemente pelo celular com o clima constrangedor no ar, mas ainda sim estavam falando normalmente um com o outro; após um tempo Chris precisou encerrar a ligação para descer e jantar com seus pais, o garoto tentou manter uma aparência agradável e se forçou a comer, não estava com fome por tudo que está acontecendo, mas ainda sim precisava se alimentar.
* * *
Depois da ligação Aliza sentou-se ao pé de sua cama, de frente para sua televisão de tubo, onde um console estava instalado nele, sendo esse um console já bem antigo e famoso, Nintendo 64, a garota sempre foi fã de jogos e estava jogando Super Mario 64 antes de partir para seu jogo favorito do sistema, The Legend of Zelda: Majora’s Mask, ela tinha uma certa fixação por esse jogo, tendo o zerado mais de uma vez; começou a jogar de onde parou, estava sozinha em casa, sua mãe não havia chegado em casa ainda então aproveitou esse momento de paz, no entanto… Horas se passaram e ninguém chegou em casa, tanto que Aliza precisou fazer uma pausa para pode fazer sua própria janta e deixar a comida da mãe já pronta. Mais alguns minutos jogando, Aliza percebeu eventos estranhos acontecendo dentro do jogo que nunca haviam ocorrido antes, sabia dizer isso visto que tinha zerado várias vezes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Detachment
FanfictionDepois dos eventos de Clockwork, Chris tenta prosseguir com sua vida novamente em outro lugar, longe da cidade por onde morou por muito tempo, tentando se desprender do que houve anteriormente... Escapar dos traumas que tudo aquilo lhe causou, mas o...