Mais uma vez

Perdição

Sempre achei bonito a perdição
O ato de se perder sempre me encantou
Se perdendo, é que se busca
Se acha.
A vida sempre vem e nos atropela, e não se engane, ela faz isso varias vezes.
Então você se perde
De repente está afundado em vícios, tentando sobreviver.
É isso que vícios são, tentativas.
Se você não diz, não fala, não grita, não berra
Se silencia
Seu corpo fala por você, ele não é capaz de suportar, sabemos disso.
Precisamos de algo para nos segurar, somos frágeis, caímos.
E dores precisam de analgésicos
E doenças de remédios.
Febre não se cura sozinha, há os passos certos. Você o conhece? Consegue chegar lá?
Por suposto que não.
O silêncio te destruí.
Me distruiu.
Me distroi.
A quietude te queima por dentro
O seu vício te alivia não é?
Eu nunca me permitir cair tanto
Sempre estive no fio da meada
Não fumo, não bebo
Também não estou melhor que eles
Não cai, e isso me perturba.
Tento olhar o lado positivo da história do copo meio cheio ou meio vazio, mas quando se tem sede metades não satisfaz.
Apenas sobrevive.
Se eu pudesse
Soubesse me perder para me encontrar...
Talvez a dor possa cessar, pois há trincados que precisam ser quebrados para serem restaurados
Eu não quero ser trincado
Quero a oportunidade de ser por inteira, mas eu resisto.
Resisto, pois sempre deixei a vida me levar
Tenho sido forte, apesar disso me quebrar
Mas sabemos, que se de repente eu levo esse barco, ele vai afundar
E não sei se quero salva-lo
Entende?
Muito embora a perdição sempre me foi atraente, eu não quero me encontrar.
Quero partir!