Dias atrás eu me questionava porque minha solidão esta doendo tanto, se sempre foi assim. Sozinha!
Poderíamos dizer ser culpa da TPM, mas não vou ser desonesta.
Me envolver com você foi como abrir meus olhos para algo que eu me negava. Reconheço que talvez você tenha surgido para me devolver a mim mesma e eu sempre fui assim,
Sozinha.
Sempre carreguei comigo mesmo essa melancolia, como se ela fosse parte de mim. Eu não xingo a esperança atoa, quem senti sabe como ela é capaz de te destruir.
Me recompor sempre é a pior parte. Descobri que não me recomponho, não me levanto e ando em frente após uma rasteira, apenas me rastejo em frente. Rastejar é diferente de andar.
Talvez, eu não saiba andar.
Calma, vou explicar tudo. Pode ser que esteja um bocado confuso.
Bem, você sempre teve atitudes nas quais deixavam claro que você não está aqui e mesmo que estivesse, sua presença tinha tempo limitado. Eu sempre soube disso! Mas eu não me importei, se quer saber.
Quero dizer, nada é para sempre e todo mundo vai embora algum dia. Quando você se foi, quis que esse dia pudesse ser um pouco mais distante.
Não me importava com várias de suas nuances e clara falta de interesse, pois é com ela que estou acostumada.
Mas já entendi, de certa forma é errado.
Assim, não há como negar. Quem gosta, quer ficar. Então porque ninguém fica?
É essa pergunta que ecoa dentro de mim por vários anos. E não adianta eu manter as esperanças e fazer mil e uma coisas para ser importante para alguém.
Eu sou assim, sozinha.
Como posso achar que alguém vai voltar, se ninguém nunca esteve aqui além de mim?
O meu mundo é meu não é? Isso mesmo, só meu.
Você foi como um tapa na minha cara em todos os campos de relacionamentos, desde família a amizades. É tudo, é sempre assim e é sempre "Mais uma vez", por isso escrevo.
Eu gostaria de ser fina e lhe dizer, por isso te agradeço. Mas no auge da minha costumeira tristeza e fúria, jamais poderia ser grata.
Assumirei essa posição, jamais tive medo da solidão. Só queria viver uma aventura diferente, num lugar onde minha loucura, doce loucura podesse aflorar, é que eu sou assim, sonhadora de carteirinha. Mas se me deixarem, sonhos aventureiros poderiam se tornar realidade.
Não queria sozinha. As vezes apreciar uma companhia para partilhar um segredo mirabolante. Porque as melhores histórias são escritas, queria poder escrever sobre mim.
Algo sonhador, não assim.
Adotarei essa postura. Não aceitarei mais o copo meio cheio ou vazio, ou me dê ele vazio para ter a chance de enche-lo ou me dê cheio, num sinal de generosidade, mate minha sede.
Certa vez, me foi dito, vivo um conflito. E nele terei de escolher, o meu lado independente ou esse lado que todos almejam, não sei nomea-lo ainda. Mas é esse lado, sei lá, tipo do casamento e coisas do tipo, com pessoas desse tipo que precisam muito de presença.
Meu lado independente adorou conhecer você e passar um tempo contigo.
Não por você, não se engane, mas vou escolher meu lado independente. Me machuca menos e eu bem me lembro, embora sozinha e sempre ansiando por viver, e como diz Clarice Lispector, pertencer é viver, sempre quis ser pertencente, eu era capaz de sorrir alegremente, da maneira mais pura caminhando sozinha.
Eu sempre gostei de passarinhos livres. Sempre me encanto por pessoas que exala esse ar.
Os pássaros voam sozinhos, em bando, se encontram, cantam.
Quem sabe, somos pássaros tentando ser "humanos".
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Mais uma vez
Chick-LitSó mais uma vez são todos os dias em que... não sei! Tento encontrar o, eu sei