Esses dias, depois de te ver. Só isso, simplesmente te ver. Me senti em queda livre, mas não é sua culpa.
É de mim.
Se você não volta, ela sim, ela sempre volta.
E quando ela volta, perco a vontade de tudo.
É como se ela me estapeasse, me batasse, me espacansse. A dor é tanto que perco a vontade de levantar da cama.
E levantar, dói.
E ainda por cima, ela vem e me mostra de todas as formas possíveis sobre como sou sozinha.
Um dia desses um colega disse, você é sozinha.
É, eu sou.
Que ela queria ter a certeza que eu soubesse o meu lugar.
Talvez ela fique intrigada sobre como eu ainda tento.
Como tento?
É tanta ousadia.
Quando ela volta, me faz lembrar de todas as feridas abertas maqueadas com maquiagens frágeis e baratas.
Há palavras que seu houvesse dito
Que se eu dissesse...
Há feridas que se sangrasse o suficiente para todos verem, outras pessoas sangrariam.
No entanto, sigo morrendo e poupando vocês.
Fico me perguntando, se chorariam no meu velório.
Eu gostaria de algo grandioso para compensar o quão pequena sou.
Mas não me iludo muito, nada é como eu gostaria e tudo seria bem pequeno.
Como eu!
Eu sei que há um limite na qual podemos sangrar pelos outros, eu entendi. Eu disse isso para a Sandrinha.
As vezes me enfeza meu coração continuar bater.
Me faz questionar o porquê ainda sigo aqui.
Simplesmente, para me doar aos demais enquanto sigo andando pela corda bamba sem saber se vida ou morte.
Uma morte em vida me apavora, por isso sigo tentando.
Queria um abraço.
Sou sozinha o suficiente para desejar um abraço, e não ter.
Ela me faz lembrar repetidas vezes de todas as vezes que me tocaram
Até das vezes que nao me lembro, só tenho a sensação, impressão... O que houve?
Como cheguei até aqui. Eu não sei
Mas cheguei.
E se eu falasse, quantos chorariam
Ninguém
É que um bocado sabe, mas não me contaram
Esqueceram
Mas meu corpo não.
Então ela volta para me lembrar de coisas que nem ao menos sei. Seria delírio?
Eu tô tentando.
Me afogando e quanto mais tento, nesses dias, mas me afundo.
Talvez eu só devesse deixar essa tempestade me levar.

Mais uma vezOnde histórias criam vida. Descubra agora