Se eu pudesse questionar algo à alguém, com certeza seria o porque eu não posso ter e ser coisas, pessoas e lugares que me fazem sentir que é o certo.
Então sempre me encontro perdida nesse negocio entre certo e errado, pois parece que vivo no erro, sempre assim. E quando encontro algo, a vida me nega ou eu me nego? Como estou me negando o que tanto quero.
Como você. Você é uma companhia que me parece totalmente certo. Eu não sei explicar, é estranho e provável você nem ao menos senti o mesmo. Mas estar ao seu lado é tão certo, familiar, como se já te conhecesse de algum outro lugar, mas nunca me lembro de onde é.
Entretanto, como sou uma grande piada, você não quer ficar. Não vai ficar. Sempre vai ir embora.
Como escrever. Me parece certo, é como se eu tivesse nascido para isso, mas também é errado. Eu não sou tão boa assim. E o que faria com isso? No mundo atual, isso teria de ficar para segundo plano, pois estou ocupada demais correndo atrás do meu almoço. Enquanto isso a angústia e inquietude por não estar no teatro me consume.
Eu posso ir atrás. De uma escrita melhor, do teatro, da música, da arte, de você, mas eu vou com a certeza de uma frustração. Ela está ali só me esperando.
No entanto, eu ja vivo nessa angústia não é?
Eu me sinto, finalmente, pertencente. Mas pertencente a algo que me condena.
Instantes de alegria, me quebrou, me quebrará em vários pedacinhos que ninguém irá juntar. Talvez, nem mesmo eu.
Então, escrevo.
Queria deixar a duvida, quem sabe possa me encontrar? Mas não. Ultimamente ando tendo a sensação de que, também, nunca estive aqui.
Porque se tudo o que quero, não me pertence. E tudo o que tenho me mata sem nem ao menos me oferecer instantes de alegria, talvez essa vida não seja minha.
E mais uma vez...
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Mais uma vez
ChickLitSó mais uma vez são todos os dias em que... não sei! Tento encontrar o, eu sei