Há muito tempo ando tendo inveja de vocês. Comecei quando abri mão de alguém que gostava, pelo bem dela mesmo. E o meu?
Não que eu fosse destruir a vida dessas pessoa, mas ela ama outra. É sempre assim.
Daí comecei a me questionar quem faria isso por mim. Se as pessoas me têm, não seria justo eu me ter?
Mas, não, eu não tenho.
Não há duas Lauras por aí, não há uma Laura disponível para mim. Há apenas eu.
Venho sendo tão ruim comigo mesmo.
Eu me corto
Me podo
Me moldo
E para que?
Onde quero me caber?
Onde quero ir?
O que eu quero?
Eu me julgo, me cobro, me condeno
E não me permito um abraço.
Eu me abandonei há anos atrás, eu lhe implorava para falar, para expressar, diga alguma coisa estou indo embora.
Então fui embora de mim mesma para seguir em frente, foi necessário.
Mas não me dei a mão.
Não me cuidei e não digo a aparência.
Eu mesma me matei. E fiz por tantas vezes num ato tão cruel.
Hoje eu sangro.
E por mais que eu tenha me doado tanto, não há ninguém aqui.
Há pessoas que são como moscas. Muitas moscas te levam muita coisa.
Uma carne infectada é jogada no lixo, não é?
Diga se não estou errada.
A hemorragia não vai parar, eu já aprendi que há um limite pelo qual você pode sangrar por aqui. Já tivemos essa conversa.
Agora a questão é, se não vão lhe doar o sangue, se ele não estanca, o que fazer?
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Mais uma vez
ChickLitSó mais uma vez são todos os dias em que... não sei! Tento encontrar o, eu sei