𝑿. 𝑮𝒐𝒗𝒆𝒓𝒏𝒐 𝒐 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒏𝒐

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- Abaixem as armas, miseráveis - a voz mais perturbadora e mortal ecoa pela rua, fazendo os motores de carros não assustarem tanto quanto suas cordas vocais - Viemos em paz

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- Abaixem as armas, miseráveis - a voz mais perturbadora e mortal ecoa pela rua, fazendo os motores de carros não assustarem tanto quanto suas cordas vocais - Viemos em paz.

- Que merda você quer com a gente? - tentava firmar minha voz, mas ela era trêmula e incapaz de causar o mesmo efeito que o Demônio causava.

- Com eles? - seu dedo e sua feição estampava desprezo pelos meus convidados - Nada.

- Então, vaza! - Liam posiciona suas lâminas afiadas, com as mãos tremendo como vara-verde, mas com uma postura na qual nunca vi vinda do rapaz.

- Por um acaso terminei de falar? - o sorriso sínico de Tom me hipnotizava de tantas maneiras, como se um anjo me levasse direto para o inferno, mas não sabia se podia dizer o mesmo dos meus amigos, que se calaram por completo - Disse que não quero nada com vocês... Mas não disse nada sobre ela.

Suas veias pulsavam em sua mão apontada para mim, seu olhar caiu sobre o meu, me tirando da realidade e trazendo um frio estranho para minha espinha, um embrulho no meu estômago, as marcas em meu pulso queimarem e um certo molhado em minha calcinha.

- Han, nem fudendo - Jackson disse em vão, agarrando sua arma firmemente e tentando voltar a ficar na minha frente, mas impeço dando dois paços para frente, dois paços para a morte.

- Deixe-os ir - coloco um pé sobre a faca de cabo preto, observando cada detalhe do Demônio sobre mim, fogoso e predador. - Faço qualquer merda que quiser, mas deixe eles irem pra casa.

- É lindo ver que finge se importar - ele vinha até mim, pisava nos corpos que matará e caminhava até sua próxima vítima - Mas vamos pular essa parte.

- Fique longe dela... - o olhar de Emy queimava sobre o predador a minha frente.

- Se não "o que"? - ele disse irônico, segurando uma risada singela e ainda olhando para mim. - Vai me matar?

- Encoste uma única unha nela pra ver, teste-me - seus paços rangiam juntos aos de Tom, ambos disputando pela mesma preza, duas manadas totalmente opostas, pelo menos, era o que eu pensava...

- Chega! - a faca de cabo preto já estava em minhas mãos, manchadas de vermelho-vinho, cravada, colada. Fico frente a frente com o assassino dos meus pais, mas não sentia aquele ódio que aprendi a conviver por um ano comigo, sentia uma tensão estranha, um calor entre partes do corpo que não seria normal uma pessoa sentir em relação á um assassino.

Minha mão se levanta até seu pescoço branco como o de um cadáver, seu grande casaco lhe esquentava, mesmo que um vento extremamente frio batia em nossas peles. Minhas narinas estavam enfurecidas enquanto via seu sorriso de canto sobre meus olhos, com nossos paços seguindo até seu veículo sombrio, com os papéis invertidos.

- Me fala - minha voz saía quase em um sussurro, cuspindo as palavras, sedenta por esse homem - Que merda você quer comigo? Por que não foge ao invés de me perseguir?

The Purge | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora