𝑽𝑰𝑰. 𝑩𝒐𝒏𝒔 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔

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O silêncio presente era mortal e vergonhoso, ninguém havia dito uma palavra sequer desde que viram meu irmão me carregando para fora da casa dos Smith's, e confesso que se algum idiota enchesse meu saco agora, meteria uma bala na cabeça sem nem pe...

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O silêncio presente era mortal e vergonhoso, ninguém havia dito uma palavra sequer desde que viram meu irmão me carregando para fora da casa dos Smith's, e confesso que se algum idiota enchesse meu saco agora, meteria uma bala na cabeça sem nem pensar nas consequências.

Estávamos seguindo em direção a casa de Harry para pegarmos o carro de seu tio, blindado e que garantia nossa vida até o fim dessa noite. Gritos perturbadores eram escutados a cada esquina que nós passávamos, junto a tiros, motores de carros e motos, e até corrente arrastando pelo asfalto nos assombrava. Nada de estranho ou mortal foi vivido por nós, e nenhum expurgo foi realizado pelas pessoas presentes.

Jack me dava apoio para que eu conseguisse andar, mas a dor era maior do que um pequeno arranhado pode causar. Sentia meu sangue escorrer até meu pé, sentia o ferimento entrar em carne viva pelo couro de minha bota, e parecia que minha carne saciava pela minha tortura. Mas sinto o prazer me corromper, o prazer por ter esfaqueado aquele demônio em terra, e torço para que sua dor seja tão insuportável e torturante quanto a minha, torço para que ele deseja a sua própria morte, torço para que seu contrato com o diabo se encerre em troca de sua alma impura.

- É aqui - Harry diz simples, me olhando de relance mas logo desviando ao ver minha cara simpática, dizendo que poderia pular encima dele a qualquer momento se abrisse a boca. Observo o garoto pegar seu celular e abrir suas portas de aço enquanto sinalizo para meu irmão que queria sentar na calçada.

- Me dê a metralhadora - não pude deixar de evitar a sensação de que algo aconteceria.

- Georg... - Jack sinaliza para ele, me direciono a sua face, me perguntando o porquê e quando foi que ele pegou minha arma.

- Toma - ele a tira de seus ombros e me entrega, me olhando vazio, como se sua alma tivesse abandonado seu corpo nessa noite de céu estrelado. O olho em fúria, imaginando um meio de mata-lo sem que meus amigos notassem.

- Qual vai ser o plano agora? - Victoria pergunta, se sentando a alguns metros de mim, esperando uma resposta que lhe deixasse feliz.

- Emy não queria encontrar Cristal? - Vic insistia - Poderíamos voltar lá e- - 

The Purge | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora