𝑿𝑰𝑰. 𝑪𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔

324 41 9
                                    

⚠️ALERTA GATILHO⚠️

autora: atenção, essa capítulo contém gatilhos e assuntos sensíveis, como tortura, mortes violentas e assuntos sensíveis. caso seja sensível a esses assuntos, saía do capítulo imediatamente... caso não, seja bem-vind9 a mente de uma assassina, boa leitura.

RECOMENDAÇÃO

recomendo que escutem "notorious" (música do capítulo) lá embaixo depois da pequena quebra de tempo. para melhor experiência, com fone de ouvidos.

Devagar, abri meus olhos pesados como rochas, e inalei o ar como cocaína, tão vigorosamente que não me importava se doía respirar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Devagar, abri meus olhos pesados como rochas, e inalei o ar como cocaína, tão vigorosamente que não me importava se doía respirar. Não me movi a princípio, apenas observei envolta e tentava identificar onde me meti, o banco de couro marcando meu rosto, meu corpo espremido e encolhido num banco e o ar abafado me fizeram supor que estava dentro de um carro, mas não quis adivinhar de quem ele era. Ele estava parado, seus bancos negros com as costuras vermelho-vinho me fizeram perceber o quanto meu pescoço ardia, o quanto meu corpo doía e em onde eu estava.

Num pulo, com uma força que nem eu sei de onde tirei, me sentei no carro e tentei olhar pelas janelas, mas elas eram escuras demais para meus olhos agora. Soltei um gemido de dor, sentindo minha cintura pulsando e minhas coxas doerem como se tivesse levado uma pancada de cem soldados. Tentei raciocinar, tentava pensar, precisava saber como Jackson estava, onde Georg estava, se estavam pelo menos vivos, de quem era a merda desse carro. Pensa, Lilith, pensa em alguma bosta.

- Parece que a rainha do submundo acordou - um calafrio percorreu minhas costas, a mesma voz encantadora e aguda que me salvou entrou nos meus ouvidos. Minha respiração pesa por finalmente identificar de quem era essa voz, a voz de um anjo, a voz que podia te enfeitiçar e te matar, voz do filho de um governador, a voz do irmão do Diabo. - Não sabia se te acordava pra não perder o jogo ou- -

- Que por-ra está fazendo aqui? Onde e-eu estou? C-cadê eles? - minha voz falhava e rangia pela dor causada mais cedo, mas mesmo assim, queria respostas do que estava acontecendo.

- Personalidade forte, como sempre... - no banco da frente, uma luz se acendeu no teto e olhos escuros e sombreados me encaravam pelo retrovisor - Mesmo quase-morta, ainda é a Lilith de sempre.

- ME RES-PONDA! - disse alto, mas não fez o gêmeo de cabeça raspada nas laterais se assustar, só o fez soltar um riso fraco.

- Isso não é jeito de falar com quem salvou sua vida fútil, Lilith - ele disse mais sério, ainda me olhando friamente - Ainda posso acabar com você...

- Então acabe - o desafio, me arrependendo logo em seguida vendo que o mesmo pareceu satisfeito com seus olhos brilhando sobre mim. Ele vira sua cabeça em minha direção passando a língua pelo lábio.

The Purge | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora