𝑽. 𝑻𝒆𝒏𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐

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Observo a garota, na qual venho esperado durante um ano, sozinha no seu grande quarto, olhando uma fotografia na qual eu estava, me desejando morto e para si

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Observo a garota, na qual venho esperado durante um ano, sozinha no seu grande quarto, olhando uma fotografia na qual eu estava, me desejando morto e para si. Faço questão de registrar cada momento em que seu corpo clama pela minha carne, ao mesmo tempo que sua mente me repugna.

Seus olhos azuis como a toalha na qual cobria seu corpo nu, fitavam com desejo o pedaço de jornal velho e rasgado com meus dentes amostra aos fotógrafos, seu olhar penetrante me queimava de maneiras imagináveis e impuras, sua mão descia por seu corpo imaginando minha língua rondando e descobrindo as curvas desse Anjo na qual foi expulso do paraíso. Via que a obsessão da garota á sucumbia e a levava para o mesmo mundo na qual minha mente descobrirá, sua alma e sua carne desejando a mesma pessoa, porém, de maneiras diferentes. 

Meu corpo pulsa, junto a meu sangue que ferves, pela noite da Purificação, onde ficarei frente a frente com a garota que me enfeitiçou a um ano atrás, com o Anjo mais belo do céu, com a garota de coração tão puro e mente tão perversa quanto a de um assassino que matará os pais da garota que se tornou obcecado.

Me distraio da bela visão de Lilith se saciando quando sinto meu celular vibrar no bolso de meu grande terno que se arrastava até o chão. O pego em minhas mãos, amaldiçoando o desgraçado que atrapalha meus pensamentos impróprios.

- O que foi? - pergunto impaciente, vendo que não fui o único a ser interrompido nos pensamentos sujos e impuros.

- Já estou com eles, Tom - do outro lado da linha, Georg sussurrava para que seus novos colegas não o escutassem. - Estou indo até a casa da garota.

- Perfeito - aperto meu celular satisfeito, sentindo o prazer imediato de minha faca rodando o corpo puro da garota. - Quero que tudo saia como o planejado, Georg.

- E sairá - sua voz era quase inexistente, assim como a bondade e pureza de meu amigo.

Desligo a chamada observando os vibrantes olhos da garota na qual estava obcecado, notando minha presença do outro lado da rua, fumegante enquanto seu olhar sugava e corrompia minha mente, me amaldiçoando tanto quanto eu a amaldiçoará. Observo sua tentação e seu medo pelo meu ser, contemplando sua alma corrompida e traumatizada por culpa da minha. Faço questão de não me esconder mais, faço questão de deixar claro que eu a observo desde a noite em que nos vimos pela primeira vez, faço questão de lhe mostrar que estava longe, mas de olho no Anjo que me corrompe, de olho no anjo que seria expulsada está noite do paraíso divino, por ter se saciado com um demônio.

[...]

The Purge | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora