𝑿𝑿𝑰. 𝑵𝒂̃𝒐 𝑽𝒐𝒍𝒕𝒆.

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A pele fria e sanguenta de Tom me protegiam do que ele mesmo tramava

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A pele fria e sanguenta de Tom me protegiam do que ele mesmo tramava. Seus olhos sombrios carregavam seu brilho misterioso. Meu medo era enorme, meus olhos fechados pareciam estar pregados por tamanha pressão que fazia para não abri-los, enquanto escutava algo pesado se arrastar no chão.

- Pode abrir os olhos, eu estou aqui... - a voz suave do Diabo me acalmou. Ainda de olhos fechados, estendo meu braço para que eu puxasse o objeto, mas não o encontro, fazendo Tom rir fraco com meu fracasso. O homem passa seus dedos sujos por meu braço, se encontrando com minhas mãos em seguida e logo sinto o gelado do candelabro, me trazendo um certo choque ao sentir os detalhes pontudos e desgastados.

Deixando meu medo de lado, puxo o aço sem esforço, ouvindo um barulho engraçado em meio a escuridão de meus olhos. As mãos de Tom pressionavam minha pele de uma forma diferente, mais parecido com um receio do que com uma tortura. Seu peito estafa firme, como se estivesse contando algo a si mesmo para se orgulhar.

- Pode abrir os olhos - seus lábios se encostaram no meu ombro, fazendo com que eu me arrepiasse, nada fora do comum.

Tão lentamente quanto as chamas de uma fogueira se apagando, abro meus olhos, os sentindo arderem, enquanto meu corpo relaxava e os paços de Tom ecoavam. A surpresa me corresponde de dentro pra fora, fazendo meu corpo responder por mim, meus olhos se arregalarem, minha boca se abrir e meus músculos se agitarem.

Uma porta camuflada pelas paredes desgastadas da sala nos deu caminho para outro salão, diferente e ainda mais sombrio do que onde um rio vermelho foi deixado. A visão belíssima de uma piscina avermelhada me causava excitação. A pegada medieval do lugar lhe trazia a sensação de tomar um banho quente no escuro, com suas janelas formadas por desenhos antigos de castelos por todo o salão de formato redondo. No fundo da sala, um enorme espelho, que vinha do chão até o teto, com os desenhos parecidos aos dos candelabros da sala ao lado. A fumaça subia da piscina aquecida e as únicas coisas que iluminavam o salão eram as milhares de velas vermelhas espalhadas pelas janelas, pelo chão de porcelana e por mais candelabros do mesmo estilo que o de que puxei para entrar nesse banheiro.

Sentia minha barriga borbulhar como água fervente, meu corpo, aos poucos, se derretia como ouro sobre o fogo. A piscina do submundo era enfeitada por correntes do Assistente do Diabo nas bordas, uma lareira com um grande tapete de veludo de pele falsa de urso ao lado, traziam uma sensação ainda mais estranha e calafrios.

- O que achou? - a voz de Tom me tira do transe de nos imaginar queimando sobre a água quente da piscina - Aceita se limpar direito?

Ri fraco, aceitando que lenços umedecidos e curativos não eram o suficiente pra mim.

- Por que ainda estamos falando, e não nadando? - me pressiono contra seu colo para que ele me pusesse no chão, mesmo esquecendo que não aguentava nem mesmo respirar, pois meus músculos ardiam e gritavam por mim. Tom me agarra ainda mais forte e me olha duvidoso.

The Purge | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora