capítulo 12

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Pov Mon

Tínhamos passado a tarde toda no dormitório de Nam, pedimos comida, matamos o resto das aulas, naquele momento só queríamos aproveitar. Estava nos braços de Sam assistindo um filme, até que recebo uma mensagem no celular.
Pego nele e vejo que é Chai perguntando onde estou, até que percebo as horas, estava quase no final das aulas.

- Sam, olha a hora meu deus, eu tenho que ir!

- Deixa ver… já está tarde, vou também, apanho o último ônibus.

- Ahm... se você quiser posso te dar carona.

- Não quero incomodar.

- Você não incomoda sua idiota - digo apertando as bochechas dela com meus dedos. - Vamos então.

Tentamos deixar o dormitório de Nam o melhor possível para ela não notar que estivemos aqui, nos despedimos dos pequenos gatinhos que estavam conosco. Não, nós não nos esquecemos deles, ainda não sabemos muito bem o que fazer em relação a eles, mas estamos pensando nisso, amanhã faremos o mesmo esquema que na semana passada.

Estávamos a caminho do portão quando eu comecei a sentir uma sensação estranha.

- Aconteceu alguma coisa? Sua expressão mudou - Sam pergunta.

- Não, apenas uma sensação estranha de alguém me olhando.

- Bem… tem muita gente aqui, então acho que é normal - Sam solta um sorrisinho.

- Pois…

Eu sabia que não era porque tinha muita gente, depois que sofri durante anos consigo ter a sensação de que alguém me olha. Mas não queria preocupar Sam, e também estava indo para casa que tem seguranças, então não me importei muito.
Cheguei perto do carro e Chai correu para abrir a porta para mim.

- Chai, hoje Sam vai conosco, pode passar na casa dela?

- Claro, senhorita.

Dou espaço para Sam entrar primeiro e depois eu.
Passámos o caminho em conversas tranquilas e felizes, até chegar a casa de Sam. Não queria me separar dela, mas me prometeu mandar mensagem depois de tomar banho.
Antes de ela sair, puxei de leve sua gravata e dei um selinho, vendo ela ficar corada assim como eu.
Nos despedimos de forma envergonhada, quando ela entrou Chai começou a dirigir de novo, desta vez para a casa de vovó.

- Senhorita Mon, se me permite dizer, estou feliz que a senhorita esteja sorrindo. Vejo que a senhorita Sam a faz feliz, não deixe que ela se afaste, pessoas como ela, que te fazem sorrir de orelha a orelha são muito raras de encontrar.

- Você tem razão Chai, finalmente encontrei alguém diferente que me entende e me deixa feliz comigo mesma…

O caminho para casa foi aconchegante, Chai falava comigo, como nunca tinha feito, descontraidamente conversávamos sobre tudo. Finalmente minha cabeça estava no lugar e não me chateava. Estava feliz, e espero que essa felicidade dure para sempre, porque se depender de mim, Sam sempre estará ao meu lado.

Pov Sam

Estava feliz, finalmente entendi que Mon na verdade não queria fazer amizade comigo por causa do passado dela, por causa dos traumas. Mas eu iria fazer ela entender que independentemente de tudo eu estarei ao lado dela.
Logo que saí do carro e me despedi de Mon, entrei em casa, mas o inesperado aconteceu, papai estava em casa, mamãe estava atrás de Neung que confrontava nosso pai. Senti um arrepio na costela, sabia que alguma coisa estava por vir, então não me atrevi a falar nada e fiquei encostada na porta que tinha fechado uns segundos atrás.

- Olha olha, se não é a Samanun - ele fala com tom de ironia - chega tarde a casa e na noite anterior nem pôs os pés aqui. Onde raios estiveste?

- Pai… eu dormi em casa de uma amiga - disse com as mãos tremendo, Neung estava falando alguma coisa com a mãe, o que fez com que ela fosse para o quarto.

I'm not like her ● [Monsam] ●Onde histórias criam vida. Descubra agora