Capítulo 32

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Pov Sam

Todos sentados na mesa, apreciamos uma família feliz, queria que fosse todos os dias assim, Chai, Neung, mamãe, Song e Mon. Neung ainda estava na cozinha e Song tinha preparado a mesa, estávamos sentados só esperando. Este clima de segurança e acolhimento diferente dos outros dias em que papai ou não tinha chegado ou estava bêbado e gritando. Mamãe conversava com Chai com um sorriso no rosto e o mais velho estava igual. Felicidade era o que eu desejava quando Song nasceu e finalmente meu desejo tinha se realizado, por mais que seja por apenas uma noite não poderia pedir coisa melhor.

— Cuidado, estou passando com a panela quente! — Neung finalmente tinha chegado na mesa. Abri espaço para ser colocada a panela quente.

Olhando para meu lado direito minha namorada estava lá com um sorriso no rosto, ela se inclinou na minha direção chegando perto da minha orelha e sussurrou

— Este é o melhor dia da minha vida — olhei em seus olhos que se fechavam por conta do seu sorriso perfeito, sorri também.

Com todos já sentados e servidos a conversa era calma, repleta de risos e piadas.

— Mamãe — Neung chamou a atenção.

— Sim filha?

— acho que a senhora deveria comprar repelente para os mosquitos... — aaah não, eu tinha esquecido completamente as marcas no pescoço de Mon e no meu. Minha cara esquentou, olhei para Mon mas ela parecia confusa. Puta que pariu, como que ela consegue ser tão inocente?

— Como assim filha? Você foi picada por um? — Mamãe se preocupou.

— Eu não, mas acho que o quarto de Samanun está cheio de mosquito, olha para ela e para a Mon — Merda, olhei para Mon que parecia ter entendido agora, sua cara adquiriu um tom avermelhado e tentou tapar sua marca.

— oooh, parece que sim filha, parece que ela levou uma chupada beeem forte não é Samanun? — Merda, mamãe me olhava séria.

— E-eu posso explicar mamãe

— Não tem que explicar nada não, sei bem o que vocês andaram fazendo...

— Peço desculpa, Ploy — Mon se levantou para pedir desculpa.

— Não se preocupe querida, sente se a comida vai esfriar, depois eu converso com Samanun — Estava fudida...

— Fala sério mãe, não é como se eu fosse criança — Respondo.

— Quem foi a passiva?

— MAMÃE — A cara de Mon parecia um tomate e eu não estava muito longe, Chai, Neung e Song riam da situação.

— Não posso perguntar? Vocês transaram debaixo do meu teto, acho que posso fazer perguntas

— Podemos esquecer isso? — Coloquei minha mão na cara, não poderia estar mais envergonhada.

— E você nem sabe mamãe, quando fui chamar elas para jantar Sam estava em cima de Mon e ela toda pelada! Nem trancaram a porta...

— Neung... — Eu queria desaparecer, Mon tinha a cabeça enterrada no meu peito.

— Ah, então a Mon foi a passiva — Mon logo levantou a cabeça.

— Não, foi a Sam hoje — Tinha a boca aberta, Mon não acabou de dizer que me fudeu, pois não? Que traidora!!

— MON... — Ela olhou para mim com aquele sorriso com a língua no meio dos dentes. Cadê a vergonha que ela estava sentido?

— Hoje? — Minha mãe olhou para mim com a sobrancelha arqueada. Chai fingia que não estava ouvindo, traíra, só tem traidores aqui.

— eh... Ontem... eu fui na casa da Mon.... — disse em um sussurro — Ok, chega de falar sobre a minha vida sexual e da minha namorada.

Mamãe sorria discretamente, sinto que minha cor natural agora é vermelha.

Estávamos acabando o jantar quando Chai se levantou dizendo que era avó de Mon e saiu para atender.

— Não quero ir embora... — Mon falava enquanto me abraçava de lado.

— Também não quero que você vá embora meu amor...

Felizmente ninguém ouvia nossa conversa, mamãe tinha ido se sentar no sofá para descansar a perna, Song e Neung estavam na cozinha arrumando as coisas.

— Senhorita Mon, Dona Phon quer falar com você.

Mon olhou para Chai e acenou.

— Já volto.

Pov Mon

Peguei no celular de Chai.

— Alô?

— Mon, vou ficar fora por 3 dias, quero que se comporte e não faça nada que possa me chatear. O castigo ainda se mantém então seu celular vai ficar comigo. Obedeça a Chai e Lila durante minha ausência. — Depois dessas palavras ela desligou sem nem esperar resposta, sentia que alguma coisa estava errada, primeiro ela agindo estranho, depois chamando outro motorista e agora isso? senti um frio percorrer minha nuca, decidi ignorar isso, provavelmente ela está trabalhando e teve que viajar...

Caminhei de volta para a sala, Sam estava ao lado da mãe e sorria, seu sorriso conseguia iluminar tudo, aquele sentimento estranho passou quando ela olhou na minha direção e me chamou.

— Tudo bem? — ela me perguntou preocupada.

— Sim, eu acho... Minha avó vai ficar 3 dias fora...

— Isso parece bom.

— É... sinto que tem alguma coisa errada.

— Está tudo bem, não se preocupe.

— Espero que tenha razão...

— Hmm... sua avó não vai estar em casa, então... o que acha de dormir aqui?

— Eu não quero atrapalhar.

— Você não atrapalha nada querida — Ploy interrompeu — Ficarei feliz em acolher você até sua avó voltar.

— Certeza? Eu posso ir para casa, Lila está lá.

— Querida, pelo que ouvi de Chai, Lila é funcionária da sua avó, não é? dê uma folga a ela e pode ficar aqui... e Chai, tenho um quarto a mais se quiser ficar por aqui também.

— Muita gentileza a sua, mas já abusei da sua boa vontade Ploy — Chai interviu.

— Nada disso, o Senhor ajudou minhas meninas e nada do que eu faça vai retribuir isso, por favor aceitem, fiquem aqui esses dias, me sentirei mais segura também.

— Certo... se me permite... me sinto muito agradecida pela hospitalidade Ploy, fico feliz em saber que Sam tem uma mãe maravilhosa — falo sentindo minha cara esquentar.

— Muito obrigada querida, e eu fico muito feliz por ver que minha nora é gentil, pode me tratar como mãe.

Ouvir isso deixou meu coração quentinho, Chai decidiu ficar para tomar conta de mim, ficamos conversando todos na sala até dar dez da noite e Ploy subir as escadas com ajuda de Neung para se deitar, logo fomos para os quartos. Vesti um pijama de Sam e me deitei com ela.

— Você tem uma família incrível, Sam...

— Nós...

— Quê?

— Essa agora é sua família também Mon, sempre será enquanto você estiver comigo — Sam pegou minha mão onde deixou um beijo por cima de meus dedos.

— Eu te amo, Sam.

— Também te amo, Mon.

Nessa noite dormi nos braços de minha namorada, eu estava completamente feliz, sua mãe me aceitou, era isso que era ter uma família? Quero ficar neste momento para sempre. Mas ainda sentia no fundo que alguma coisa estava errada com vovó.

I'm not like her ● [Monsam] ●Onde histórias criam vida. Descubra agora