I'm not like her ● [Monsam] ●

Capítulo 39

Pov Mon

Na entrada tinha um tipo de recepção.

— Fiquem aqui — Chai falou.

Nós três sentamos em umas cadeiras que tinha lá enquanto Chai caminhou em direção a uma senhora que falava com outras pessoas.

Sam segurava minha mão o tempo todo.

Logo Chai voltou.

— Vamos esperar um pouco, tenho que falar com o Saint primeiro.

— Saint? — perguntei, pois não sabia quem era, nunca ouvi esse nome.

— Sim, ele é um policial aqui, amigo meu e de sua mãe.

Ficamos esperando o tal Saint aparecer, estávamos em silêncio.

— Chai, faz tempo que não vem aqui — uma voz falou vindo de trás do Chai.

— Saint, quanto tempo né? — Eles se abraçaram — você pode fazer o de sempre?

— Claro, já vou providenciar uma sala... e quem são estas?

— Saint, esta é Mon — falou enquanto olhava para mim.

Saint me analisou da cabeça aos pés e então sorriu.

— Ela é igualzinha a Pim.

— Sim... bem, continuando, esta é Ploy e a filha dela, Sam.

— Muito prazer, para Chai trazer você aqui então a senhora deve ser especial.

— Oh... eu vim acompanhar minha filha só...

— Sim... Ploy é importante para mim — Chai se apressou a dizer sorrindo em direção a Ploy que começava a ficar envergonhada.

— Fico feliz, estava na hora de você ter uma família. Certo, como vai ser, vão se dividir para entrar?

— Sim — eu me apresso a falar — Eu e Sam vamos entrar primeiro... se Chai não se importar.

— Claro, vocês vão primeiro, depois eu acompanho a Ploy — Chai abraçou Plo que estava ficando vermelha de vergonha. Sam sorriu com a visão.

— Certo, podem me seguir então.

Estava na hora, minha mão que segurava a de Sam começava a suar, não só ela como minhas costas estavam molhadas de suor mas só fui perceber agora. Andando pelo corredor atrás de Saint minha ansiedade aumentava, como será que ela é? Saint falou que éramos parecidas... Será que ela vai gostar de mim? Vai ficar desapontada? Ela vai querer me ver?

Era tanta coisa na minha cabeça que eu já não conseguia deixar de transparecer tudo, Sam sabia como eu estava então me parou.

— Independentemente do que aconteça lá dentro, você sabe que eu vou estar ao seu lado. Vamos passar por isso juntas amor.

Olhei em seus olhos, eles me transmitiam tudo de bom, sentia que tudo ia ficar bem.

— Meninas — Saint nos tirou da nossa bolha — é aqui, entrem, se sentem, vou buscar Pim.

E então nos deixou a sós, sentamos esperando a volta de Saint com minha mãe. Respiro fundo, me ajeitei na cadeira, olhei minha roupa para ver se não estava suja... tudo ok, meus dedos brincavam com os da Sam ajudando a aliviar minha ansiedade, mas cada segundo que passava parecia uma eternidade.

A porta abriu de novo, era ela, o cabelo era igualzinho ao meu, seus olhos naquele momento se dilataram quando encontraram minha figura. Eu não tive dúvidas de que aquela pessoa era minha mãe. Saint se retirou e ela veio em nossa direção, se sentando me encarando como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo, da mesma maneira que Sam me encarava. Naquele momento ninguém conseguia pronunciar uma palavra sequer. Era tanta coisa para ser dita, mas o silêncio parecia tão necessário e bem vindo, infelizmente não tínhamos todo o tempo do mundo para isso, então ela falou primeiro.