Capítulo 33

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Pov Sam

Acordo com um peso em meu braço esquerdo, sorrio pois sem quem é a culpada, viro minha cabeça, sua expressão dormindo é linda. Acaricio sua bochecha deixando um selinho em seus lábios, observo um sorriso surgindo e seus olhos abrindo.

— Bom dia — Ela fala com sua voz rouca.

— Bom dia — Respondo com um sorriso deixando outro beijinho em seus lábios.

— hmm... que horas são? — Ela pergunta enquanto se senta.

— Não sei, mas deve estar quase na hora de sairmos, temos que ir para o colégio.

— Não quero — Ela me abraça — Quero ficar aqui.

— Também quero ficar aqui, mas temos que ir — beijo sua cabeça que repousa em meu colo.

Depois de lutar contra a preguiça conseguimos levantar, ela foi tomar banho primeiro. Depois de estarmos prontas, descemos para a cozinha onde Chai e minha mãe estavam sentados.

— Bom dia meninas — Minha mãe falou enquanto Chai cuidava do ferimento em sua perna.

— Bom dia — Minha namorada respondeu com um sorriso no rosto.

— Comam, Neung fez... Como ela já saiu, Chai vai levar vocês.

— Mãe, não acho boa ideia a senhora ficar aqui sozinha... e nem Song...

— Não se preocupe, menina Sam, logo que eu levar vocês vou regressar para cuidar de sua mãe, já que não tenho o que fazer. Phon não precisa dos meus serviços — Chai sorri para minha mãe — e tem quem precise deles.

— Obrigada Chai — olho na direção de Mon que está comendo e sorrindo olhando para a interação de Chai com minha mãe.

Logo saímos e fomos para o colégio, Nam veio ter conosco junto de Kade.

A manhã passou tranquila, eu e Mon trocamos olhares e sorrisos durante as aulas, Nita tinha faltado, e sinceramente era melhor assim, depois de tudo o que ela causou não quero mais ver a cara dela.

Íamos a caminho do refeitório, eu, Mon, Nam e Kade.

Eu e Mon trocamos selinhos, percebi olhares em nós e apertei a mão de Mon, sabia que ela tinha percebido isso também e queria passar confiança e conforto para ela.

Ouvia de longe aquilo que diziam, uma com pai problemático e outra considerada assassina por ter nascido de uma. Patético aquilo que esta gente acha.

Pegamos a comida e escolhemos uma mesa para nós quatro. Entre várias risadas almoçamos, estava começando a achar que Kade e Nam tinham alguma coisa, elas se aproximaram bastantes e andam sempre grudadas.

Estava combinando com Mon sobre o que fazer esta noite, já que ela vai ficar em minha casa até a avó dela voltar, até que alguém chega, e como sempre tem que ser alguém para atrapalhar.

Apertava meu punho, minha cara de nojo era notável.

— Mon, tudo bem? Vejo que está com sua namorada de novo não é?

Mimimi, vou dar na cara desse moleque.

— Ah, Nop... Sim, aquilo foi só um desentendimento, obrigada por se preocupar...

— Você deveria ter cuidado, vai que acontece de novo...

Ele quer morrer? Porque se ele quiser eu posso fazer isso para ele.

— Não se preocupe, ela está muito bem acompanhada — Digo forçando um sorriso.

— Hmmm, será?

— Como assim será?!! — me levanto colocando minhas mão em cima da mesa encarando ele.

— Sam, calma, está tudo bem Nop, você pode ir embora?

— Isso, vaza! — minha vontade de saltar no pescoço dele já estava subindo, mais um pouco eu iria partir para cima.

Kade e Nam olhavam sem saber o que fazer e Mon tinha vindo para meu lado tentando me acalmar.

— Eu deveria imaginar — e agora ele mostrava a verdadeira cara — o pai é problemático, obviamente a filha também seria! Sem falar nessa psicopata, assassina, vocês se merecem.

Não me importava se falavam de mim e do meu pai, mas da minha namorada não vou tolerar. Sem perceber já estava com a bandeja da comida na mão e ela não cara de Nop.

Todo mundo assistia aquilo horrorizado, ele estava no chão com a mão na lateral da cabeça, sangue escorria para o chão. Olhei minha mão onde a bandeira se encontrava, estava coberta de sangue na ponta, minha mão tremia, mas eu não me arrependia do que tinha feito.

— V-VOCÊ É LOUCA? FILHA DA PUTA, O-OLHA O QUE VOCÊ FEZ!

— Farei de novo se você não sair daqui e tirar o nome da minha namorada da porra da sua boca.

Minha respiração estava acelerada, Mon me abraçava e me puxava para ir embora.

— EU NÃO VOU DEIXAR ISSO ASSIM! — Depois dessa frase Nop sumiu e Mon me puxava para fora do refeitório, várias pessoas que estavam ao redor se distanciaram de mim com medo. Mas eu não sentia que tinha feito alguma coisa de errado, na verdade achei que foi a coisa mais certa que eu fiz.

Estávamos num corredor isolado, Mon continuava me puxando, parei de andar fazendo com que ela olhasse para mim. Achei que ela estaria desapontada pelo que fiz, mas quando levantei meu olhar seus olhos demonstraram preocupação.

— Você está bem? vamos para o seu dormitório, sua mão está gelada e tremendo...

— Eu estou bem... e você?

Mon não falou nada, apenas me abraçou.

— Idiota, as pessoas já nos olhavam de lado, agora você vai se tornar um alvo também... o que você estava pensando? — sentia suas lágrimas molharem minha blusa em cima do meu ombro, levei minha mão até sua cabeça fazendo cafuné.

— Eu só... odeio quando as pessoas falam coisas más sobre você. Eles não te conhecem, eu odeio isso. — Mon levanta a cabeça e olha para mim.

— Mas agora você também vai sofrer e... — antes que ela continuasse puxei sua nuca e envolvi seus lábios nos meus, com minha mão direita acariciei sua bochecha limpando suas lágrimas. O beijo era repleto de amor, carinho, era intenso, como se através desse ato fosse possível mostrar tudo aquilo que eu sinto, aquilo que não consigo colocar em palavras. Nos afastamos quando o ar faltou, nossos olhos conectados falavam por nós, seu sorriso era a melhor coisa do mundo, fazia cosquinhas na minha barriga. Depositei um selinho em sua testa e a puxei, queria ficar hoje o dia todo no colo dela até ir para casa.


Pov narrador

Enquanto Mon e Sam estavam no mundinho delas, no outro lado do colégio Nop reclamava. Ele jogava sua frustração em Sun e Sat.

— AQUELAS VADIAS, ELAS VÃO VER — ele gritava enquanto espancava Sun que estava quase inconsciente — Sat, pega água para esse traste, acorda ele e leva ele para casa antes que eu acabe matando esse vagabundo... — Nop saiu enquanto Sat tentava acordar Sun.

O garotinho estava morrendo de medo, Nop nunca tinha sido tão agressivo com Sun como hoje, não que Nop fosse assim tão forte, mas Sun não se atrevia a enfrentá-lo, muito menos Sat. Sun se contorcia de dor enquanto Sat limpava seus ferimentos.

— Garoto, quando as coisas piorarem foge, não posso proteger você... — Sun falava com dificuldade.

— Mas porquê? Eu sei que você é mais forte que ele, porque você deixa ele fazer isso Sun?

— Ele me ajudou com algumas coisas no passado, não posso ir contra ele... Mas você não merece ser saco de pancada desse merdas, então se alguma coisa acontecer e ele for longe demais, foge, muda de colégio.

Sat ouvia aquilo sem conseguir responder, Sun podia ser um idiota que só fala merda, mas ele foi um amigo que sempre o ajudou. E como nunca teve grandes amigos ele criou uma afeição por Sun, ele não iria deixar que Nop acabasse matando seu único amigo...

I'm not like her ● [Monsam] ●Onde histórias criam vida. Descubra agora