Capítulo 23

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pov Mon

Cheguei na escola, hoje estava animada porque Sam iria regressar. Sinceramente não estava me sentindo bem em estar na escola sem Sam, sem falar no que Nop me disse tem Nita me chateando. Ainda não falei com Sam sobre o que aconteceu, andei pensando se deveria, mas ela tem estado ocupada com a mãe então decidi guardar tudo para mim.

Chegando no colégio lá estava ela, logo um sorriso surge no meu rosto assim como no dela. Nos abraçamos com saudades.

— Ei, vocês só estiveram um dia separadas, parem de drama — Nam que estava ao lado de Sam reclama.

— Cada segundo longe dela é um inferno — Sam comenta com um biquinho se formando nos lábios enquanto descansa a cabeça no meu ombro.

— não fica com esse biquinho senão eu vou beijar ele — Falo rindo

— Então não vou tirar hehe

Antes que eu possa segurar o rosto de Sam para deixar um selinho Nita aparece chocando seu ombro no meu.

— Peço desculpa, ah, Mon — Nita me olha com um sorriso presunçoso — Sam, voltou, estava preocupada, você não veio ontem, achei que estava doente.

Cerro meus olhos, sei o joguinho dela e não estou gostando, levo minha mão para a cintura de minha namorada a puxando para mim, o que a fez ficar surpresa mas não falou nada.

— eh, tive problemas pessoais — Sam responde amigavelmente.

— Nossa, precisa de alguma coisa? estou disponível para ajudar, sabe? — Disse Nita chegando mais perto de Sam.

— Ela não precisa de nada de você, agora pode ir embora? — falo já sentindo minha raiva subir.

— Mon, não precisa ser assim — Sam me repreende — está tudo bem Nita, não preciso de nada, e desculpa a Mon, não sei porque ela falou assim com você — Respirei fundo e mantive minha mão na sua cintura, como forma de mostrar que Sam era minha.

— Tudo bem, e não faz mal, já me acostumei com a arrogância dela — Nita olha para mim com uma cara desafiadora enquanto Sam me olhava em dúvida — Bem, eu tenho que passar pelo meu armário antes da aula, te vejo lá — Nita fala passando sua mão pelo ombro da minha namorada e indo embora.

— ok... o que acabou de acontecer aqui? — Nam pergunta.

— É Mon, o que deu em você? — Sam perguntou de uma forma que me deixou mal, ok que ela não sabia o que se passava, mas não precisava falar assim comigo.

— Não gosto nada dela Sam, ela está dando em cima de você, não percebe? — solto um pouco agressiva demais.

— Mon, ela só estava preocupada, ela é novata aqui e ainda não vi ninguém falando com ela, então estou só sendo simpática.

—ok, eu acho que isso vocês precisam resolver sozinhas, eu vou procurar a Kade — Nam fala deixando nós duas a sós.

— Sam, a Nita não é quem você pensa que é!

— Mon você não pode assumir que todo mundo é mau só por causa do seu passado. Porque se for assim eu também não seria uma pessoa boa para você não é?

— ... — resolvi não responder ao que sam falou, doeu, sei que ela está mal por causa de tudo o que tem acontecido, mas ela tem que acreditar em mim, sou namorada dela...

— Desculpa Mon, eu não queria dizer isso, eu apenas... é muita coisa na cabeça ok? só estou a tentar ser amigável com outras pessoas, assim como eu fui com você quando chegou no colégio.

— certo — sai andando sem olhar para trás enquanto Sam me chamava.

Porque ela não conseguia ver o quanto Nitra era perigosa? Só de olhar para Nita consigo sentir o quão perversa ela é, será que Sam não consegue? se ela não consegue terei de mostrar a ela! Não vou deixar Nitra arruinar tudo, não vou deixar ela sair por cima.

Enquanto divagava não percebi que tinha chegado em uma parte do colégio em que raramente passavam alunos, olho para o corredor e vejo Nitra vindo até mim, tento dar a volta e ir para trás, mas ela me alcança. Ela segura meus cabelos com força enquanto me arrasta para uma sala pequena, provavelmente uma sala de limpeza.

Ela me joga contra a parede e me prende entre os braços dela.

— Olha aqui Monzinha, não gostei nada do que aconteceu ontem e hoje! se você continuar assim saiba que vai haver consequências.

Sinto minha cabeça começar a doer, de novo a voz que falava comigo apareceu, era tão confuso, não conseguia entender, mas da minha boca saiu um riso.

— Tá rindo de quê vadiazinha? Quer bancar a psicopata para cima de mim só porque sua mãe matou alguém?

Uma luz, da outra vez falei com Nita de forma rude, ela não se atreveu a me seguir, poderia funcionar de novo, apenas tenho que me impor.

— Vadiazinha? você deveria se olhar primeiro, você chega aqui como se mandasse em tudo, eu sei a sua intenção, mas você não vai ter a Samanun para você! — Ergui minha voz, tirei seus braços de mim e empurrei ela na parede mais próxima — me deixa em paz ouviu? Se voltar a acontecer eu não vou ser boazinha e te dar um tapa, pode ter certeza que você vai sair daqui sangrando.

Larguei ela na sala e fui embora, minha cabeça doendo entrei no corredor dos armários onde estava Sam, consegui ver ela, minha visão estava embaçada, vi ela correndo até mim.

— Mon, Mon você está bem?

— M-minha cabeça tá do-doendo demais

— Calma Mon vamos para a enfermaria agora, NAM — ela gritou — ME AJUDA AQUI.

De longe pude ver Nita sorrindo enquanto segurava um celular, depois disso apaguei.

Estava tudo escuro, conseguia ouvir uns ruídos de fundo, mas não conseguia entender, eu estava sonhando?

Na minha frente apareceu uma porta estranha, meu corpo era atraído para ela, tentei puxar a maçaneta mas a porta não abria, estava trancada, encostei meu ouvido na porta, ouvia gotas de chuva, um choro de bebê, uma discussão.
 Até que ouço meu nome.

Abro meus olhos, sentada à minha esquerda estava Sam, olhei em volta, era a enfermaria, minha cabeça não está doendo mais, última coisa que me lembro é de Nita sorrindo, sinto um arrepio na minha espinha.

— Mon, você está bem? Está com dor?

— e-estou bem...—

Tem certeza? melhor descansar mais um pouco—

 Não é preciso, estou bem.—

Mon, estou ficando preocupada com essa sua dor de cabeça, melhor a gente ir ao hospital.

— Não é nada demais, eu estou bem

— Mon você não está bem, você desmaiou nos meus braços!

— EU JÁ DISSE QUE ESTOU BEM

Sam olha espantada para mim, percebo a merda que fiz, gritei com Sam sendo que ela só estava preocupada comigo.

— ok... eu vou ter que ir para a aula, você pode ficar aqui — Sam fala mais baixo enquanto se levanta e vai embora.

Encosto minha cabeça de volta no travesseiro, sinto lágrimas saindo dos meus olhos, por este andar eu que vou estragar tudo entre eu e Sam...

I'm not like her ● [Monsam] ●Onde histórias criam vida. Descubra agora