Pov Sam
Sai do carro de mãos dadas com Mon, ela falou alguma coisa para o seu motorista mas não consegui prestar atenção, estava mal, estava com medo do que ia ver no hospital, como minha mãe estava? Corria risco de vida? Estava em coma? Ou só dormindo? Acordada? Tantas perguntas na minha cabeça e a única que conseguia me acalmar era Mon que tinha vindo todo o caminho tentando me acalmar.
Entramos no hospital indo direto para a recepção.
– Boa noite, como posso ajudar? - falou a enfermeira que estava lá.
Mas antes que eu pudesse responder ouvi alguém me chamando.
– Sam!
– Neung! - larguei a mão de Mon e corri para os braços da minha irmã
– Sam, como você chegou aqui? Olha a hora, você deveria estar dormindo!
– Eu não podia deixar a mãe, quero ver ela, como ela está? O que aconteceu?
Noto Neung olhando para trás de mim, então viro a minha cabeça, vejo Mon se aproximando.
– Olá, meu nome é Mon - minha namorada se apresenta para minha irmã.
– Sua amiga Sam? Prazer, sou a irmã mais velha da Samanun.
– Ah, ela é… a Mon na verdade é… minha - antes de eu falar Mon me deu a mão e apertou - ela é minha namorada - falo sentindo meu rosto ficando quente.
– Oh, você podia ter dito logo Samanun, então Mon, pode me chamar de cunhada hehe.
Sentia que cada vez mais meu rosto ficava vermelho, nunca falei sobre sexualidade com alguém da minha familia, estava com medo de falar sobre Mon e não ter ninguém para me apoiar, a aceitação da minha irmã me pegou desprevenida, olhei Mon pelo canto do olho e ela não estava diferente de mim, estava vermelha até nas orelhas.
– Mas então vamos ao que interessa - disse Neung - antes de veres a mamãe eu tenho que te falar da condição dela, tudo bem a Mon ouvir?
– Sim, não tem problema - olho sorrindo para minha namorada que sorri de volta.
– Eu cheguei a casa tarde hoje, já passava da uma da manhã, enfim, não podia recusar, estamos apertados este mês e queremos colocar Song para morar no dormitório do colégio o mais rápido possível…
– Espera… cadê a Song?
– Também vou falar sobre isso, não se preocupa, ela está bem, está com a mamãe no quarto. Como eu ia falando, não tinha como eu não aceitar. Quando cheguei a casa ouvi Song chorando na sala… estava tudo uma bagunça e muito escuro… foi aí que vi mamãe desmaiada e Song tentando acordar ela. Papai não estava lá, mas sei que foi ele - disse Neung serrando os punhos - as mesmas garrafas de bebidas espalhadas por todo o lado, umas partidas… havia sangue, mamãe estava sangrando - aperto a mão de Mon que me responde fazendo carinho com o polegar na minha mão - logo liguei e chamei uma ambulância, felizmente mamãe está bem, mas tem um corte gigante na perna direita, do joelho até o tornozelo, também levou pontos na cabeça… ela está dormindo agora, as dores dela são grandes por isso lhe deram antibióticos o que fez com que ela não conseguisse estar acordada para te ver, mas eu disse a ela que ia te ligar. Quanto a Song… tem um hematoma no braço e um pequeno corte na testa.
Ao ouvir essas palavras todas senti as lágrimas aparecerem, Neung começava a chorar também abracei ela e me culpei por não estar lá para ajudar mamãe e Song.
– Agora que você sabe, já pode entrar, Song está dormindo agarrada na mamãe, disse que não queria largar ela.
– Certo…
Quando tento andar Mon larga minha mão.
– Vá você primeiro, não conheço sua mãe, eu fico aqui te esperando. Tenho que falar com Chai também - ela sorri, então chego mais perto e lhe deixo um selinho.
– Ok, eu já volto amor, quando ela acordar quero te apresentar para ela também - falo sorrindo enquanto faço carinho na sua bochecha.
Entro no quarto tentando fazer pouco barulho, Neung disse que já entrava que ia só buscar um café.
Lá está a mamãe dormindo, Song com a cabeça no seu peito agarrada como um bebê coala.
Chego perto e me sento na cadeira que provavelmente Neung ocupava antes. Pego na mão direita de mamãe, minhas lágrimas rolam pelo meu rosto, a culpa de não ter estado lá me consome, a raiva daquele filho da puta que fez isto também está aqui no meio destes sentimentos desesperados. Beijo a mão da minha mãe, acaricio seu rosto tirando a mecha de cabelo de frente de seus olhos.– Mamãe, eu estou aqui, sei que demorei, mas cheguei. Me desculpa por não ter estado lá para proteger vocês, eu amo você e Song muito - olho para minha irmãzinha que dorme, na sua testa do lado esquerdo noto um curativo, lágrimas não param de cair, passo minha mão pelo curativo fazendo um pequeno carinho no local - como ele foi capaz? Mãe por favor, deixa esse monte de merda imunda, você pode acabar por morrer se continuar assim… ele machucou você, machucou Song… não quero que ele machuque vocês mais, mamãe por favor, ele não é legal, você precisa se livrar de vez, você merece mais que isso, você tem que se livrar dele… se você não fizer isso legalmente… eu não sei o que eu poderei fazer com ele se o vir… - pela primeira vez penso no que disse em voz alta… eu não estava a pensar em… matar? Não, não, eu apenas estou com muita raiva, eu não seria capaz de matar ninguém!
Saiu do quarto, me encosto na parede e me deixo arrastar até estar no chão, minhas lágrimas saem agressivamente, tudo culpa dele, eu odeio ele, porque ninguém faz nada? Porque mamãe não deixa ele? Ela não vê que só vai piorar?
Meus punhos cerrados de raiva, meus soluços são ouvidos por todo o corredor vazio, no celular marca 05:40. Me levanto e vou em direção à recepção onde encontro Mon sentada que logo se levanta quando me vê.– Como você está? - ela pergunta - sua mãe está bem?
– Sim, está tudo bem, ela está dormindo ainda, pelos vistos não é desta vez que se vão conhecer - eu solto um risinho que é copiado por Mon - já está tarde, vai para casa, daqui a pouco as aulas começam…
– E você? - ela pergunta.
– Eu vou ficar aqui até ela acordar, se ir para o colégio não vou conseguir prestar atenção em nada…
– Eu fico aqui com você - Mon fala
– Não, amor - pego no rosto dela - você precisa descansar, já incomodei você hoje, não quero você se preocupando com mais coisas.
– Você não incomoda Sam, eu sempre vou estar contigo quando você não estiver bem - ela me abraça pela cintura colocando seu rosto na curvatura do meu pescoço.
– Eu te amo, mas sério, não quero que você tenha problemas por causa de mim, vai para casa, eu te mando mensagem sempre que puder, prometo.
–Ok… - ela levanta a cabeça e me beija, um beijo lento com paixão, não muito profundo por conta do lugar que nos encontramos - eu vou, mas você tem que mandar mensagem, e vai me dizendo se sua mãe está bem, não esquece de comer também ok?
– Não se preocupe, eu vou ficar bem.
Me despeço de Mon e me sento nos bancos da recepção, não quero entrar por agora naquele quarto, sinto que posso desabar de novo.
✧・゚: *✧・゚:* *:・゚✧*:・゚✧
Capítulo pequenininho, mas era só para mostrar que eu estou aqui 👍🏻
Estou com uns problemas mas não esqueci da fic! E podem ter certeza que quando esta acabar vai haver outra!
Comentem bastante, amo ler tudo o que vocês comentam, muitas vezes não paro de rir de algumas coisas. Amo vocês 💗 não esqueçam de votar também ⭐ e é isso, até ao próximo capítulo 🫶🏻
Twt/X: kenzinxx
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I'm not like her ● [Monsam] ●
Fanfiction✶⊶⊷⊶🌙 𝙴𝚖 𝚊𝚗𝚍𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘🌙⊷⊶⊷✶ ▷ 𝚂𝚒𝚗𝚘𝚙𝚜𝚎: Mon, filha de uma assassina, muda de escola pela terceira vez, expulsa das outras sendo acusada de violência e se meter em confusão. Vive com a avó que já não sabe o que fazer com a neta. Desist...