pov narrador
Depois que Mon saiu da sala, Nita foi alvo de vários olhares. Segurando sua raiva pelo que aconteceu ela olhou para todos com um sorriso.
— Não se preocupem, foi só uma briguinha boba.
— Certeza que você está bem? — uma garota aleatória pergunta — você deveria ter cuidado com ela, não sabe dos rumores? A mãe dela foi presa por ser uma psicopata.
Nita tinha que manter sua pose inocente então não esperou a menina dizer mais nada.
— Sério? eu não fazia ideia... ela realmente parece ser perigosa...
A garota afirma com a cabeça e volta para seu grupo de amigas, logo Nita sai da sala e se encosta num canto. pega seu celular e faz uma chamada.
— alô? Onde você está?
— atrás do edifício de sempre.
— Vou já para aí.
Nita percorre os corredores lançando olhares amigáveis, seu sorriso acolhedor que não passava de farsa.
Chegando no local ela vê os três idiotas fumando e rindo— Vocês só sabem fazer isso? Era para você estar me ajudando, Nop.
— Nita se acalma vai, você quer? — pergunta Nop com um sorriso de orelha a orelha oferecendo um cigarro — que é isso na sua cara?
— Sua amiguinha decidiu surtar para cima de mim.
— a Mon fez isso? — Nop e sun riam enquanto sat olhava preocupado.
— Não tem graça, essa vagabunda vai se arrepender!
— Ei, calminha sim? ela precisa estar inteira quando eu a comer — Sun fala soltando uma risada alta.
— já falamos sobre isso Sun, primeiro eu — Nop entrava na brincadeira.
— vocês metem nojo — Nita revirava os olhos — continuando, Nop você tem que se aproximar de Mon, sua chance é agora, parece que a Samanun não veio hoje.
— Boa, minha deixa, vou procurar ela — Nop fala enquanto entrega o cigarro para Sun e se borrifa com perfume para o cheiro sumir.
Enquanto isso, Sat continuava preocupado com a cara de Nita que não deixou de notar seu olhar voltado para ela, então sorriu e olhou Sat que virou a cara e ficou envergonhado.
pov Mon
Encostada na árvore sentindo a brisa, estava mais calma, tinha que ser forte, não podia depender se Sam para tudo. Pego minha mochila e tiro de lá meu caderno, tenho ele desde que tudo isso começou a acontecer na minha vida, aponto nele tudo o que acho necessário, como sentimentos, minhas brigas, tudo o que eu sentisse que era preciso desabafar eu escrevia naquele pequeno caderno de linhas. Muito tempo atrás encontrei este caderno no sótão da casa da minha avó, a caixa dizia que eram coisas da minha mãe, não tinha nada escrito, mas ao saber que era da pessoa que me trouxe ao mundo eu peguei ele escondido. Na capa tinha uma linda flor, uma tulipa, ela era desenhada, dava para ver na textura, acredito que provavelmente foi minha mãe que desenhou, na contracapa era bastante diferente, tinha um monte de rabiscos, quase como se ela tivesse escrito alguma coisa mas decidiu que não queria isso lá.
Abri o caderno, na última vez que escrevi alguma coisa foi depois da minha briga, no outro colégio, notei que ainda não tinha escrito nada desde que vim para cá, talvez estar com Sam tenha me ajudado, não tenho certeza.
Falando em Sam considerei mostrar para ela tudo o que tem escrito aqui, partilhar um pouco da minha história, meus sentimentos, me abrir inteira, mas ainda acho que é muito cedo para isso, talvez no futuro eu mostre.
Quando ia começar a escrever ouço passos atrás de mim, escondo o caderno na mochila e olho para a origem do som.Era só o que me faltava, achei que ele não iria mais me importunar. Não me levanto, até porque nem me apetece falar com Nop, então mantenho a cabeça encostada na árvore esperando ele chegar.
— Oi Mon — Nop falou ofegante — estive te procurando pelo colégio todo.
Olho para ele, deixo um sorriso amarelo sair.
— Oi Nop, estava me procurando? Precisa de alguma coisa?
— Na verdade sim, você está me devendo um almoço, lembra?
— Ahh, sim, tinha me esquecido — na verdade não tinha, eu apenas fiquei ignorando ele.
— uaaau — disse ele com uma cara triste — Como você pode esquecer de mim?
— é muita coisa Nop, o colégio, as pessoas, este não é o momento, me desculpe — estava tentando ser amigável para ver se ele iria desistir.
— Pô Mon, não tem um tempinho para mim? só um almoço.
Minha paciência estava se esgotando, era preciso desenhar para ele entender?
— Talvez na próxima vez — tentei de novo
— ok, mas você está fazendo o quê aqui sozinha? Quer companhia?
— Eu gosto de estar sozinha, não preciso de companhia.
— Não seja assim — disse ele se sentando — eu fico aqui com você.
Passamos uns bons minutos sem dizer nada, era desconfortável, ainda mais sabendo que o caráter de Nop era duvidoso, o que ele ganharia em estar aqui comigo quando toda a gente fala mal de mim? Era tudo muito estranho.
Decido então pegar meu celular para mandar mensagem para Sam perguntando como estavam as coisas, quando do nada Nop pega meu celular de minha mão.
— o que está fazendo? — pergunto.
— vou te dar meu número, assim para a próxima podemos combinar tudo direitinho.
Estava ficando cansativo então peguei meu celular de suas mãos e me levantei.
— ok Nop, vou ser direta, eu não quero almoçar com você, não quero seu número, na verdade nem sei porque você quer tanto se aproximar de mim, você sabe dos rumores, o que você quer de mim?
Sua cara fechou, ele já não tinha um sorriso amigável no rosto, era completamente outra pessoa.
— Não vamos complicar as coisas Mon, aceita logo — foi então que ele se aproximou demais e sussurrou no meu ouvido — ou você vai se arrepender.
O que Nop falou me trouxe um sentimento estranho, sabia que alguma coisa estava errada, agora estava com medo, logo ele se afastou e soltou um sorrisinho de lado que me fez estremecer, paralisei, quando ele saiu da minha frente eu não sei, mas logo que voltei a mim estava sozinha. Lágrimas escorreram de novo pela minha face, mas desta vez eram lágrimas de medo... Talvez depender de Sam nestas situações não fosse mau...
✧・゚: *✧・゚:* *:・゚✧*:・゚✧Eita, o que será que vai acontecer?
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Pessoal de Portugal, me sigam no X para a gente bater um papo: kenzinxx
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I'm not like her ● [Monsam] ●
Fanfiction✶⊶⊷⊶🌙 𝙴𝚖 𝚊𝚗𝚍𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘🌙⊷⊶⊷✶ ▷ 𝚂𝚒𝚗𝚘𝚙𝚜𝚎: Mon, filha de uma assassina, muda de escola pela terceira vez, expulsa das outras sendo acusada de violência e se meter em confusão. Vive com a avó que já não sabe o que fazer com a neta. Desist...