Capítulo 40

171 34 4
                                    

pov Mon

Sei que devem estar cansados de ouvir o quanto minha vida foi difícil ou quanto eu sofri. Mas não se preocupem, toda a história tem um final, e esta não está longe disso. Embora minha vida tenha sido complicada no início, eu consegui alguém que a fez ficar mais fácil. Acordar era difícil todos os dias, mas ela fez com que fosse a melhor coisa.

Mas vocês estão esperando o momento em que a verdade é explicada, então não vou tomar mais o vosso tempo.

Depois daquele momento de emoções e sentimentos voltamos a ouvir sobre o passado

— Ravi sabia como convencer alguém a fazer o que ele quer, ele demonstra confiança em tudo o que fala, ficamos falando durante uns 10 minutos até Chai me encontrar e tentar me afastar de Ravi... Se eu não tivesse sido tão teimosa e achado que era uma crise de ciúmes da parte dele, eu teria ouvido, teria escutado Chai, teria acreditado que Ravi não era como demonstrava ser. Então briguei com ele e fui para o andar de cima da casa com Ravi, onde estavam os amigos dele, ou melhor, todos os capangas e meninas que nem sabiam o que estava prestes a acontecer. Eu era inocente demais Mon, eu aceitei tudo o que ele me deu... Eram 4 da manhã estava todo mundo bêbado e drogado, e eu não era exceção, então cometi meu pior erro, eu deixei que ele fizesse o que quisesse comigo.

Não respondi nada, já sabia no que ia dar...

— No dia seguinte acordei, ele estava do meu lado, numa cama desconhecida, eu estava cheia de dores, a ressaca era forte, mas eu não me arrependi. Achei que estava tudo bem, que ele se importava comigo... isso durou um mês, Chai sempre tentava contato comigo, mas eu não aceitava, achava que ele estava se comportando igual à minha mãe, mas um dia quando tinha chegado no colégio ele estava com outra. Eu não aceitei isso e fui até ele pedir satisfações, mas claro, nós não éramos nada para ele. Quando me toquei já era tarde, eu sempre fui o brinquedo dele, ele fez o que quis e assim como toda a criança ele trocou o brinquedo.

Era horrível ouvir essas coisas, mas não podia culpar ela.

— Passei semanas chorando pelo que aconteceu, Chai foi a pessoa que me apoiou, ele estava lá para mim — Lágrimas saiam de seus olhos — Ele estava lá mesmo que eu o tenha afastado... nos mês seguinte comecei a me sentir péssima... Eu estava grávida...

— E-espera... meu pai é...

— Não quero que pense assim, ele nunca vai ser considerado seu pai, nunca ouviu?

Sam fazia carinho na minha mão, eu não conseguia acreditar que meu pai era aquele homem tão horrível... Eu fui um acidente... um terrível acidente...

— Filha, olha para mim — as lágrimas que se acumulavam nos meus olhos eram limpas pela mão da minha namorada — Você foi a melhor coisa que me aconteceu, infelizmente não pude aproveitar disso, foi me tirado, arrancado de mim... porque eu me defendi...

— C-como assim?

— Um dia eu fui atrás daquele homem, você tinha apenas 2 semaninhas de vida, eu queria dizer a ele que eu tinha você, queria que ele soubesse... mas eu não deveria ter feito isso, eu acreditei que ele pudesse mudar... mas ele se irritou, disse que você não poderia existir, ele estava noivo, que se no futuro soubessem que ele tivesse uma filha fora do casamento seria um desastre, então ele chamou seus capangas... Eu fiquei aliviada que você estava com Chai, eles não saberiam onde você estava assim poderia te proteger, e para isso eu tive que tomar uma decisão... Eu matei as pessoas que ele chamou para acabar com você...

Eu chorava, chorava tanto que doía, Sam me abraçava forte, sentia suas lágrimas em meu pescoço, ela sentia minha dor. Minha mãe foi tirada de mim, minha mãe me protegeu. Ela não é esse monstro que foi mostrado na mídia, ela foi minha salvadora...

Então de repente a porta se abre de forma bruta.

— SAIA JÁ DAQUI KORNKAMON! — era a voz da minha Avó

— Mãe? O que... — minha mãe tentou falar mas foi interrompida.

— CHEGA, EU NÃO QUERO MINHA NETA EM CONTATO COM UMA ASSASSINA!

— Já falamos sobre isso mãe! A escolha agora é dela!

— NÃO

— CHEGA! — Gritei fazendo todo mundo me olhar — Eu tenho o direito de saber sobre minha mãe, e ela não é nenhuma assassina! ELA ME SALVOU!

Minha avó congelou e minha mãe me olhava com brilho nos olhos. Sam sorria para mim.

— A senhora tem que esperar sua vez, e por favor não cause confusão — um policial apareceu tentando levar minha avó para fora dali.

— VOCÊ SE TORNOU UMA VERGONHA! IGUAL SUA MÃE!

— Não fale assim com ela! — Sam tentou me proteger.

— MAS QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FALAR ASSIM COMIGO? — ela gritou enquanto dois policiais a arrastavam dali para fora.

— Ela não mudou nada — Minha mãe suspirou.

— Sim... — Respondi voltando a me sentar ao lado de Sam.

— Mon... na altura que tive que te deixar com sua avó eu deixei um cartão com Chai... é hora de você usar ele, você pode continuar a morar com sua avó ou pode morar na casa que eu deixei em seu nome.

— Mãe...

— Eu deixei tudo pronto para você desde que tudo aconteceu... tudo foi planejado com cuidado meu amor... Sei que você não soube de mim durante anos e compreendo se estiver chateada, mas não culpe Chai, ele só fez o que eu pedi.

Então uma batida na porta foi ouvida.

— Meninas, já não temos muito tempo, e ainda falta o Chai e a Ploy... desculpem ter que pedir isso, mas vão ter que sair.

Senti a tristeza me consumir, agora que finalmente tinha conhecido minha mãe e ouvido sobre o passado eu só queria recuperar o tempo perdido, conhecer mais ela... mas era impossível.

— Mon — ela segurou minhas mãos — Vamos ter que nos despedir agora, mas não será por muito tempo meu amor, fala com o Chai, ele pode agendar encontros uma vez por semana, mas claro, se você quiser. É muita coisa para digerir e compreendo se você...

— Eu vou vir! — me apressei — eu com certeza vou vir mãe...

Ela me abraçou e beijou minha cabeça.

— Você está uma mulher Kornkamon, Eu tenho orgulho de você meu amor. — abracei ela forte — Você também Sam, vem cá.

— E-eu? — Antes que Sam continuasse puxei ela para o abraço. Era um novo começo...

I'm not like her ● [Monsam] ●Onde histórias criam vida. Descubra agora