Pov Mon
Eu não acredito no que estava vendo.
Eu estava feliz, estava bem, finalmente tinha me livrado um pouco do peso em minha cabeça, Sam tinha sido a melhor coisa que apareceu na minha vida. Mas claro, como tudo nesta vida a felicidade dura pouco.
O celular de todo mundo da sala tocou, era uma notificação do site do colégio, achei que era algum comunicado já que só os responsáveis pelo site podiam acessar ele, mas estava enganada, quando olhei nem acreditei… era um vídeo, um vídeo de mim e Sam, perto do parque. Todo mundo na sala ouvia o vídeo ao mesmo tempo, lá eu dizia quem minha mãe é, quem eu sou… lá tinha tudo o que falei para Sam.Minha mão foi automaticamente para minha boca, meus olhos queimavam, lágrimas queriam sair, mas dei meu melhor para não fazer isso na frente de todo o mundo. Olhei para Sam, minha cabeça dizia que a culpa era dela, sai da sala correndo e ouvi ela me chamar.
Eu corri pelos corredores quando fui contra alguém.
- Ei Mon, você não veio ter comigo no almoço de ontem…
Era Nop, mas não queria falar com ele agora, então me desviei e corri. Sam continuava atrás de mim, fui até à árvore atrás da cantina, onde parei de correr e fiquei de costas para Sam.
- Mon, você está bem?
- Eu pareço bem? Está contente? Agora todo mundo sabe… porque você foi dizer aquelas palavras bonitas se queria me ridicularizar em frente de todo mundo? Porque você fez isso comigo?
Sam olhava confusa para mim. Me virei de frente para ela.
- Mon, você tá dizendo que acha que fui eu? - Sam fala com a voz embargada.
- Quem mais seria? Você foi a pessoa que me pressionou para dizer tudo, você foi atrás de mim… você já tinha tudo planejado não é? Eu estava feliz… eu gostava de ti Sam… Porquê? Não bastou tudo o que eu falei sobre o bullying? Eu era só uma brincadeira para você?! Eu me abri, pensei que você gostava de mim...
- Mon não fui eu, acredita em mim…
- Como Sam? Como você quer que eu acredite? - sinto uma dor latejante na minha cabeça, aquela voz, não, ela está voltando, solto um gemido baixo de dor, abaixo meu olhar para o chão tentando respirar fundo.
- Mon? Você está bem? Tá com dor? - ela tenta se aproximar.
- SAÍ, EU NÃO QUERO MAIS VER SUA CARA NA MINHA VIDA!
- Mon, me escuta por favor!
- NÃO QUERO!
- Mon… - ela começa a chorar baixinho, olho para ela, por um momento meu coração bate, eu sinto dor por ver ela chorar, mas minha cabeça não me deixa chegar perto.
- Sam… Eu… Minha cabeça…
São as últimas palavras que eu falo, até que vejo tudo ficar preto, minha cabeça já não faz barulho e minhas pernas cedem.
Pov Sam
Estava sentada numa cadeira ao lado da cama onde Mon estava, ela tinha desmaiado então me apressei a pegar nela e pôr nas minhas costas. Foi difícil fazer isso sozinha mas não estava passando lá ninguém no momento e eu não iria deixar ela ali sozinha para ir buscar ajuda, então fiz o que pude. Levei ela para a enfermaria, por sorte a enfermeira estava lá.
Estava com medo que quando ela acordasse não quisesse me ouvir, claro que não fui eu que fiz aquilo, e eu iria provar. Estava com raiva, quem fez aquilo terá que pagar!
Hoje teria um monte de coisa para fazer, ainda teria que ir preencher os papéis para poder ter um dormitório para mim, mas não iria deixar Mon sozinha aqui… mas se eu não fosse agora não teria tempo, então liguei para Nam e pedi que ela ficasse um pouco com a Mon. Expliquei o que aconteceu e ela entendeu, Nam também não julgava as pessoas assim, ela sabia que Mon era uma pessoa boa, então quando contei tudo a Nam, sobre o que tinha acontecido e que vídeo era aquele ela me apoiou a mim e a Mon. Uma coisa que ainda não disse é que eu também fui exposta no vídeo, onde eu falava sobre meu pai, por mais que eu tivesse dito muito, todo mundo no colégio já sabia que meu pai batia na minha mãe, era um bêbado e eu era a coitadinha da história, enquanto Mon era chamada de filha de assassina pelos corredores.
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I'm not like her ● [Monsam] ●
Fanfiction✶⊶⊷⊶🌙 𝙴𝚖 𝚊𝚗𝚍𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘🌙⊷⊶⊷✶ ▷ 𝚂𝚒𝚗𝚘𝚙𝚜𝚎: Mon, filha de uma assassina, muda de escola pela terceira vez, expulsa das outras sendo acusada de violência e se meter em confusão. Vive com a avó que já não sabe o que fazer com a neta. Desist...