I'm not like her ● [Monsam] ●

Capítulo 29

Pov Sam

Enquanto Song me abraçava, mamãe e Chai começaram a conversar tranquilamente enquanto tomavam um café, Neung a todo o momento falava o quanto Chai tinha sido incrível por ajudar, a cara dele começava a apresentar uma certa cor avermelhada dando a entender o quanto ele estava envergonhado.

— Não precisa agradecer, a senhorita Sam faz parte da minha família agora. — Chai disse fazendo minha mãe sorrir, não sei porquê mas acho que esse sorriso queria dizer mais alguma coisa.

— Bem... Chai, o que acha de aceitar meu convite para jantar aqui em casa? Afinal eu tenho que recompensar o que fez pela minha filha de alguma forma.

— Senhora Ploy, não posso abusar da sua bondade assim, o café já está ótimo.

— Eu insisto, não vou aceitar um não como resposta.

— Tudo bem... A senhora pode me dar seu número, assim podemos combinar, estou atrasado para ir buscar a senhorita Mon.

— Chai, pode me tratar por Ploy, não é preciso essa formalidade toda — de alguma maneira senti que minha mãe marcava pontos com o motorista, eu e Song olhávamos para eles com a sobrancelha arqueada, enquanto Neung sorria feliz com essa interação.

— Ah, Chai, Mon está sem celular então você poderia dizer a ela que hoje não vou para o colégio?

— Filha, não precisa ficar, não quero atrapalhar seus estudos.

— Hoje eu quero ficar aqui com vocês, não tem mal nenhum tirar um dia de folga, pois não?

— Sim mamãe, deixa a Samsam ficar, por favor — Song falava com esperança.

— Tudo bem, mas só hoje mocinha, afinal também estou cheia de saudades suas — minha mãe falou enquanto apertava minhas bochechas como fazia quando eu era criança.

— Certo, vou avisar a Senhorita... então, até ao jantar...

— Até...

Sentia a tensão entre minha mãe e Chai, não que eu fosse contra isso, afinal Chai é um bom homem, do pouco que vi ele é muito cuidadoso com Mon e a ama como se fosse seu pai, por isso que era um pouco estranho imaginar eles juntos.

Pov Mon

Depois que Sam foi embora me senti vulnerável, não tinha coragem de enfrentar minha avó, Lila não pode me ajudar, não quero que ela seja demitida... Fui para o banheiro que tinha no meu quarto e passei um tempinho lá tentando ganhar forças para descer, logo meus olhos ardiam, fazia força para suportar as lágrimas que queriam sair, minha madrugada tinha sido incrível, nunca me senti assim na vida, mas agora minha paz e felicidade vai ser rompida, tirada de mim, por uma coisa que nem foi culpa minha. Já pensei em sair de casa, arrumar um apartamento, mas não tenho dinheiro para isso...
Sai do banheiro e me vesti, sai do meu quarto, pronta para enfrentar o que estava bem no fim destas escadas. Desci uma por uma, sentindo meu coração acelerar cada vez que chegava mais perto. Entrei na cozinha e me sentei, minha avó de frente para mim... já estava pronta para a gritaria, Lila trouxe meu café, ela me olhava com cara de pena, eu apenas acenei para ela saber que eu estava bem.
Tomei meu café, comi e nada, ela não falava nada, apenas comia, sentia minha ansiedade subir, minha cabeça latejando, mas ela apenas se levantou e saiu. Vi ela no celular provavelmente ligando para Chai. Foi aí que soltei o ar eu nem sabia que estava segurando.

— Senhorita Mon, você está bem? Quer comer mais?

— Está tudo bem Lila, achei que ela ia gritar de novo comigo, mas não fez nada... isso é estranho...

— Sim senhorita, ela acordou de bom humor hoje, eu acho.

— Pode colocar mais uma xícara de café?

— Claro senhorita.

Minha cabeça estava confusa, será que era apenas bom humor? Ontem mesmo ela estava gritando por toda a casa...
Terminei meu café e peguei minha mochila.

— Chai? Achei que tinha levado minha avó, ela acabou de sair.

— A Dona Phon disse que hoje ia com outro motorista, ela parecia de bom humor.

— Sim, não acha estranho? Ainda ontem ela gritava com todo mundo.

— Bem, senhorita, não sei que bicho a mordeu, mas realmente, é notável sua mudança de humor.

— Vamos então? — disse sorrindo para Chai.

— pode entrar — Chai abriu a porta traseira para mim — Ah, quase esqueci, a senhorita Sam mandou dizer que hoje não vai para o colégio, ela decidiu ficar com a família por hoje.

— ... — Lembrei de Nita, sinceramente não queria nada ter que enfrentar ela sozinha, provavelmente ou eu ou ela acabaríamos com hematomas pelo corpo — Chai... você pode me levar para casa da Sam?

— Certeza senhorita, se a Dona Phon souber...

— Se você não contar ela não vai ficar a saber — disse com um sorriso no rosto, sabia que ele não resistia ao meu sorrisinho.

— ok, ok — ele dizia enquanto ria, Chai era quase um pai para mim, ele gostava de me mimar, lembro que quando tive uma briga na escola, uma das primeiras, antes de ele me levar para casa me levou em uma sorveteria, ele pagou um sorvete de 3 bolas para mim, de 3 sabores diferentes, parou numa farmácia para cuidar de meus ferimentos, no fim me deu um beijo na testa e disse que eu era uma menina muito forte. Ele é uma pessoa incrível, tenho sorte de ter alguém como ele na minha vida. Triste ele nunca ter encontrado alguém para dividir sua vida, ele iria ser um ótimo pai.

No caminho para casa de Sam lembrei que... a mãe dela ia lá estar, comecei a ficar inquieta, Sam ja queria me apresentar para sua mãe, agora seria a hora, já que eu iria aparecer lá sem nem ser convidada. Meu deus, eu nem fui convidada, talvez não deveria ter feito isso.
Mas antes que meu cérebro conseguisse mais formas de me torturar, a voz de Chai me chamou à atenção.

— Chegamos, senhorita.

Respirei fundo e saí, sendo seguida por chai até à porta. Toquei a campainha e vi Neung abrindo a porta logo soltando um sorriso e me abraçando.

— SAM, SUA NAMORADA CHEGOU.

Logo minha cara virou um tomate enquanto Neung me puxava para dentro e Chai fechava a porta atrás de nós. Sam estava sentada com Song e sua mãe no sofá que olhavam para a minha direção.

— Oi... — disse sentindo minha boca seca e minhas mãos suando.

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Eita que ela acabou de conhecer a sogrinha.

Mas o que será que a avó de Mon anda aprontando?
E Nita? Deixará nossas Monsam em paz?

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Até ao próximo cap meus queridos leitores