A vampira que me morda é um romance, um amor entre meninas... melhor falando, entre uma vampira e uma humana.
Enid é a capitã das líderes de torcida, empenhada, engraçada, linda, popular e... malvada? Não, malvada não.
Wednesday é nova na cidade, be...
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NARRADOR: Wednesday
Em alguma rua de Denver no sábado a noite...
Segurei firme em meu guarda chuva, ainda sinto os lábios da Sinclair nos meus. Agora que a beijei preciso contar a verdade.
- Estou perdida...
Murmurei as palavras em voz baixa, eu fiz o que tive vontade uma vez na minha existência, e quando fiz... foi incrível. Sentir os lábios macios e quentes da Sinclair nos meus foi uma das melhores sensações que já vivi.
Minha família vai me matar!
Mas não consigo controlar, achei abrigo em seu abraço apertado, foi como estar em casa. Sinclair é luz em todo seu corpo, sempre sorrindo, seus olhos sempre brilhando, as mãos sempre quentes e os olhares em minha boca sempre presentes.
Minha vó vai arrancar cada presa minha! Mas se cada uma for o preço do beijo da Sinclair, morreria bangela.
Eu não iria para casa, ainda não, fiz todo o caminho de volta até o parque. Eu pensei bem antes de correr o risco, se esse homem me visse invadir sua casa, chamaria a policia! Como eu mostraria meu documentos com data de 1800? Não consegui controlar meus instintos, a Sinclair quer esse gato então teria o maldito gato. As luzes agora estão apagadas, procurei o tiro ao alvo por mais de meia hora até que;
- Atchim!
Achei, passei na frente de um trailer todo sujo e espirrei. Coloquei a mão na maçaneta, fechada. Precisaria chamar atenção do homem lá dentro, é impossível com ele vistoriando cada passo meu.
Tentei ver pela sua pequena janela, muito alta. Dei um pulinho, consegui ver ele assistindo no aparelho de televisão. Um gato vale realmente o risco? Lembrei da Sinclair quase chorando pela bola de pelos, é... vale.
Peguei uma grande pedra que estava por ali e joguei em sua janela, pensando melhor poderia ter o matado... lembrarei desse detalhe em uma próxima oportunidade. Corri para longe do meu pequeno vandalismo, estava rindo baixo da janela quebrada.
A porta abriu-se e o homem de mais cedo saiu, ele usa uma capa de chuva amarela e uma lanterna em mãos. Ele parece com sono, o jogo não estava tão interessante.
A água escorreu pela minha testa caindo em meus olhos, as lentes de contato não combinam muito com chuva.
- Vamos logo, saia desse trailer, seu preguiçoso!
Falei baixinho já chateada, como se eu tivesse poder de persuasão o homem deixou sua casa móvel e olhou ao redor.
- O que você quer? Eu estou armado!
Ouvi já longe de onde estava, adentrei em sua casa e está tudo revirado, parece que um redemoinho passou aqui. Garrafas de cerveja e cuecas estão espalhadas como troféus.
