Capítulo 20: Mortos não falam, Ive sim.

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                  Narrador: Wednesday

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Narrador: Wednesday

- Uma bruxa sente o cheiro de carne podre de vampiros de longe, você não engana ninguém, Wednesday.

Paralisei, não movi um passo.
Não, não poderia ser. Ela estava apenas blefando, Ive não sabe sobre o que fala.

- Não sei nada sobre vampiros ou bruxas, passar bem.

Falei séria e firme, passando uma confiança que me faltava.
Só poderia ser uma piada de péssimo gosto, e eu não estava com tempo para brincadeiras fúteis agora, as alianças de papel e a Sinclair já estavam sobrecarregando minha mente.

Quando cogitei deixar o local, Ive se aproximou mais de mim, um passo de cada vez, ficando próxima ao meu corpo.
Não me movi, não fugiria, não mais.
Ela soltou sua respiração e se curvou um pouco sussurrando ao pé do meu ouvido;

- Te assustei morceguinho? Sei quem você é.

Ela se afastou minimamente e olhou em meus olhos, me acertando com suas órbitas castanhas, sorrindo como se contasse uma notícia incrível, eu contaria uma melhor ainda:

Não toleraria ameaças.

Com ela ainda quase colada ao meu corpo, afastei seus cabelos, passando meus dedos por trás de sua orelha, a deixando exposta. Levantei a mão livre e segurei em seu pescoço com firmeza, cravando minhas unhas ralas em sua pele, apertando, seus olhos se arregalaram e ela colocou a mãos nas minhas.
Sorri e umedeci os lábios, falei próxima ao seu ouvido, tão baixo que talvez nem ela escute.

- Então também sabe o que fiz com a última feiticeira que passou por mim, não é mesmo?

Seus pelos se arrepiaram, ela sente o medo, e isso estava escrito nos seus olhos, olhei no fundo de sua alma, quando seu rosto já estava ficando vermelho com a falta de ar, soltei sua pele.
Ive perdeu sua postura por um momento mas rapidamente se fez firme.

- Sei, por isso estou aqui.

- Não são dos meus interesses o que faz aqui.

Dei as costas para a garota de cabelos pretos, ela veio andando firme atrás de mim.

- Não quer ouvir o que tenho para falar?

- Não.

Ela me parou no meio do corredor me segurando pelos pulsos, olhei para suas mãos em minha pele com um olhar mortal.

- Morceguinho, é melhor ouvir.

- Não te dei tal liberdade, pare de me chamar assim!

Puxei minha mão de volta, ela sorriu vendo que já estava me tirando do eixo, estamos discutindo no corredor, expostas a qualquer curioso.

- É um apelido fofo, a Enid te chama assim?

Não respondi, não acredito que deixei minha casa e vida para ser confrontada por adolescentes, e Ive estava fazendo mais que isso, ela envolveu Enid em uma conversa calorosa e nada amigável.

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