Prólogo.

3.5K 227 17
                                    

eaí como estamos? Primeiro cap pra vocês terem um gostinho do que vai vir por aí...nessa eu decidi colocar alguns personagens do filme "A Vida Depois"
espero muuuito que acompanhem, comentem dizendo o que estão achando, tá?

boa leitura ;)

- - -

Point of view Jenna

Quando eu era mais nova, não gostava de crianças. Quer dizer, não que eu não gostasse, mas sabe aquela coisa toda de "gosto de você longe de mim?". Então! Sempre achei bebês fofos, mas em suas casas e com suas mães. Tudo bem que segura-los é bom, mas até começarem a chorar. Não sei ao certo, bate um desespero e sinto vontade de soltá-los e simplesmente correr, correr o mais rápido e o mais longe possível.

Bom, era assim há alguns anos, era assim até eu ter o meu próprio bebê.

Miguel Ortega, um garotinho muito inteligente e esperto. O tipo de criança que não para quieto um segundo e me enlouquece a cada pergunta que faz, mas ao mesmo tempo enche o meu coração de amor e orgulho. A história sobre o seu concebimento é longa.

Miguel quase morreu!

Minha gravidez foi de alto risco, desde o primeiro até o último momento. Ele nasceu de apenas sete meses e com um grave problema nos rins e eu soube o que era amor quando quis doar o meu para o meu pequeno, mas um doador anônimo salvou a vida dele. Eu, como mãe, vi meu mundo se alegrar quando percebi que Miguel crescia como uma criança normal e cheia de saúde.

Miguel havia acabado de completar quatro anos e para a minha surpresa estava seguindo meus passos. Deixa eu explicar! Desde que me entendo por gente, sou apaixonada por música, amo cantar e tocar e durante os sete meses que meu pacotinho esteve dentro de mim cantava para ele, o resultado não podia ser diferente. Ele se trancou no quarto e me fez acreditar que estava estudando as vogais quando estava tentando tirar os primeiros acordes no meu violão. Agora é engraçado contar, mas na hora ele ficou envergonhado e eu como uma boa mãe dei aquela bronca, mas no final atendi o pedido que me fez com os lindos olhinhos azuis: "mamãe, quero estudar na escolinha de música".

Agora, cá estou eu, sentada no sofá da sala da minha casa olhando a Mia terminar de arrumar nosso filho para levá-lo para a primeira aula de música. Meu coração? Transbordando orgulho.

Point of view Emma

Droga! Droga! Droga! Maldita seja eu e meu sono insuportavelmente pesado. O que adianta ter um bom e alto despertador se não acordo nem se o mundo cair sobre minha cabeça?

Meu subconsciente gritava comigo por ser uma péssima mulher atrasada enquanto eu corria pelas ruas movimentadas de São Paulo, não que meu apartamento fosse longe da escola, mas apesar de morar há seis meses nessa cidade nunca me acostumaria com o trânsito infernal. E muito menos com a bronca que Nick me daria mais uma vez.

Alguns minutos depois e com meu cabelo completamente desgrenhado, parei em frente à Cantando Sonhos e respirei fundo três vezes antes de entrar e dar de cara com Nicolas parado de braços cruzados debaixo do peito. Sorri de lado e tentei passar despercebido, na ponta dos pés.

— Hey, mocinha! Você é "pequena", mas não sou cego. — senti a grande mão tocar meu ombro e fechei os olhos como uma criança que tinha sido pega no flagra aprontando algo.

— Bom dia, Nick. Tudo bom? Você está lindo hoje.

— Pode ir parando, Emma. Posso saber qual desculpa vai usar hoje para o seu atraso? Porque ontem você disse que queimou as torradas e não podia sair de casa sem se alimentar. O que você queimou hoje? — segurei o riso ao máximo.

— Ok, Nick. Hoje não vou dar nenhuma desculpa. Eu simplesmente acordei dormindo. — ele franziu o cenho e negou com a cabeça.

— O que?

— Não que você e as outras pessoas não acordam dormindo, mas é que meu nível de sono é sobrenatural. — pigarreei. — Deixa eu explicar! O mundo pode cair sobre a minha cabeça, se estou dormindo, dormindo continuo. Desculpa! — ele negou com a cabeça e gargalhou. Nicolas era meu chefe e diretor da escola, mas éramos bons e velhos amigos.

— Vai se preparar vai.

— Obrigada, Nick. Eu te amo. — tentei sair correndo, mas novamente a mão dele me parou.

— Você já tomou café? — neguei. — Tem café quentinho na sua mesa, beba antes que o leão que existe dentro de você desperte.

— Obrigada, Nick. Você é lindo.

— E ah, hoje você tem um aluno novo.

— Como assim, Nicolas? — coloquei as mãos na cintura. — Eu deixei claro que minha turma fechou com cinco. Se não estou dando conta de controlar cinco crianças elétricas, imagina seis!

— Sinto muito, pedaço de gente, mas as mães insistiram tanto que não pude negar. E elas vão pagar bem. — piscou. — E bom, disseram que o menino é bonzinho. Tem quatro anos.

— Que mãe vai detonar o filho capeta?

— Myers! — me repreendeu.

— Desculpa. Qual o nome do anjinho? — perguntei com ironia.

— Miguel. Miguel Ortega. — respirei fundo.

— Quando o moleque chegar me avisa.

- - -

Um Bebê Entre Nós - Jemma version Onde histórias criam vida. Descubra agora