ᴱˢᵐᵉʳᵃˡᵈᵃˢ ᴵⁿᵗᵉⁿˢᵃˢ²

162 16 5
                                    

A pena na mão de nosso convidado de meche graciosamente sobre a folha, com a letra com a grafia surpreendentemente linda e impecável com o nome completo do convidado.

Era surpreendente como a letra dele era tão bela, é raro encontrar um viking que saiba ler e escrever corretamente e os poucos que sabem, possuem muitos erros de caligrafia e letras tão feias que é um mistério entender.

Porém, esse não é o caso.Ainda estou aprendendo a escrever e a ler porém, espero que minha letra seja tão bela quanto esta um dia.

O líder põem a pena no pote com tinta negra de lula, se afastando da mesa.
Antes, eles faziam a assinatura com sangue de dragão porém, ao verem minha cara de espanto, mudaram de ideia.

Acho que eles não querem tornar esse evento algo negativo para mim, mesmo sendo criaturas "Horripilantes", a ideia de usar o sangue deles como tinta, me causa náusea.
Meu pai e o convidado notaram isso nos meus olhares   juvenis,que não sabem esconder nada.

Eles ignoravam os olhares apreensivos dos adultos em volta ou até o olhar surpreso de Bocão.

-Ah muito tempo não vejo alguém o fazer mudar de ideia~

Ouso o viking loiro murmura para si, porém, acabei o ouvindo por estar perto do mesmo.
E realmente, nunca conheci ninguém que fizesse papai mudar de ideia sobre algo, mas fico feliz por não ter sangue envolvido na assinatura da união.

O jovem de cabelos de chamas, parecia entendiado de novo, revirando os olhos.Parecia contar os minutos para ir embora.
Já meu irmão, ao meu lado, tinha certeza que contava os minutos para o ver ir embora também.
Foi um dia em suma, bem agitado.
Mas finalmente depois de um longo passeio, é ponha longo na história, o meu primeiro encontro com o cabelos de fogo e seu pai estava chegando ao fim

                                                ⃞☁︎࿐°•ృ.

O céu estava ficando em tons de laranja, com as nuvens amarelas e rosa.
O cheiro salgado do mar e o som das ondas porém, não era tão assustador por hora;Estou relativamente longe do mar, na entrada do porto.
No mesmo lugar aonde esperamos nossos convidados saírem de seu barco no início da manhã mas agora, estamos nos despedindo.

O Homem gentil de dreads, faz uma saldação com meu pai.
Um aperto de mão, um olhando para o outro com respeito mútuo.

-É bom tê-lo como aliado, meu amigo

Disse o homem gentil, fazendo meu pai respirar fundo contente.

- Igualmente, amigo meu.

Ele largam a mão um do outro, meu pai caminha até Dagur, acho que foi se despedir do jovem.
Já Wosvald, se aproxima de meu irmão e eu, se ajoelhando em nossa frente.

Ele faz a mesma saudação que fez com meu pai, com Soluço, só que uma versão em que meu irmão apertava um dedo do homem apenas, em vez de sua mão por inteira.
Jas que a diferença de tamanho era tremenda.

-Um prazer ver você meu jovem rapaz, Soluço.

-Igualmente senhor Wosvald

Diz Soluço simpático,o homem bondoso ri, levando a mão até os cabelos castanhos de Soluço os bagunçando.
Agora, estava de frente para mim.

-Pequena moça,vejo em você a beleza virtuosa e bondade de sua mãe.

Suas palavras eram ditas com tanto carinho,que me faz acreditar que esse gigante bondoso, tinha uma amizade e admiração por minha mãe assim como tem por meu pai.

Os olhos do mesmo brilham novamente, úmidos de lágrimas.
Me pergunto se, ele me compara tanto a minha mãe ou se a ideia de que, eu teria quase a idade de sua filha.
Mesmo soluço tendo provavelmente a idade mais aproximada a dela, mas acho que por algum motivo eu a lembrei.

Mas , por que ? Eu não entendo.

Talvez ele gostaria que a filha perdida dele, estivesse nessa reunião de tribos, os herdeiros, filhos do chefe se encontrando nesse importante evento.

Pulo em seu pescoço o abraçando, ele retribui caloroso.

-Não fique triste Senhor Wosvald, o senhor e tão bondoso... não merece ficar triste~

Minha voz era baixa, mais do que o costume e um pouco embolada,  queria chorar.
Meus olhos se encheram de água ao ver  o Gigante tão triste.

Parando para pensar, esse foi meu primeiro diálogo com uma pessoa, que não fosse meu pai, Soluço ou Bocão.

-Digo o mesmo, pequena moça.

Disse, depositando um beijo em minha cabeça.Me separo do mesmo que levanta logo em seguida.

Ele e seu filho, caminham pelo porto até chegar em seu navio, Wosvald sobe a tábua até o navio, já Dagur, se vira para trás.
Mais uma vez meus olhos se encontram, agora ele não tinha tédio, raiva e nem travessura no olhar.
Honestamente, não sei o que ele está pensando.

Não entendo essas esmeraldas Intensas, tão marcantes e inigualáveis.
Ele volta a olhar para frente, subindo até o navio que começa a atracar do porto.

Partindo o navio, que levava os  convidados embora, incluindo o jovem de cabelos e personalidade de fogo.

𝘿𝙖𝙜𝙪𝙧•𝙊𝙘 Onde histórias criam vida. Descubra agora