ᵁᵐ ᵠᵘᵃˢᵉ ˢᵉᵠᵘᵉˢᵗʳᵒ²

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A bela visão, das nuvens tingidas de rosa e amarelo, enquando o sol nascia, parecendo que surgia do meio das águas, que estão lindamente douradas com o reflexo da água.

A maneira como o azul claro, rosa e amarelo expulsam a escuridão da noite, fazendo as estrelas sumirem, enquanto é possível ver os dragões, que carregam suas presas, voam em retirada pelos céus.

Eu posso ver o mesmo Dragão, que quase me sequestrou, voando enquanto olhava para mim, claramente não gostando da ideia de me deixar para trás.
Apenas curvo meus lábios para cima, como se o dissesse, que está tudo bem, ele podia ir.

O animal rosna, o que faz Dagur ficar atento novamente, mas logo relaxa quando vê o dragão se virando de costas e partindo para horizonte.
Permito que as lágrimas que fazia minha visão ficar turva, venham a tona.

Elas escorrem pelos meus olhos, andando pelo meus rosto, enquanto eu apertava meus dentes com a dor começando a invadir meu corpo.
O efeito da adrenalina estava passando, logo, seu efeito anestésico também.

Podia ouvir os gritos de meu pai, falando meu nome preocupado,junto as suas altas passadas de corrida.
Ele se joga no chão ao meu lado de joelhos no chão, analisando minha situação por alguns segundos.

Ele leva sua mãos até às minhas, a qual tento apertar de volta.
Ainda estava acolhida nós braços de Dagur, sem conseguir respirar direito,  cada mínimo movimento fazia meus ossos soltos de mexerem, o que era agoniante e dolorido.

Ele gritou desesperado para chamarem a Anciã, talvez seja a dor que me faz perder a noção do tempo e do que está ao meu redor.

Mas os episódios passam como flexes turbulentos para mim.
De eu ver Gothi, dela abrir meus lábios, me fazendo beber algo.
Certamente algo para dor, posso sentir o gosto amargo de álcool e plantas anestésicas que são ardidas.

Mesmo assim, levaria um tempo para fazer o efeito, mesmo com o uso do álcool, que ajuda a deixar as pessoas altas, esquecendo da dor.

O episódio de Dagur levantando comigo do chão, mesmo com toda a delicadeza, me colocando em posição tipo noiva, posso sentir o ossos de minha perna se mover.

A dor age como uma facada, me fazendo gritar de dor, aperto com força o tecido de sua blusa, enquanto  as lágrimas escorrerem de meus olhos.
Pelos deuses, nunca avia sentindo uma dor como está, totalmente horrível.

Eu lutava para não desmaiar de dor, lutando para manter os olhos abertos no caminho até a casa de cura.
Senti novamente me moverem, me colocando sobre uma mesa de madeira.

A dor rangendo em meu corpo, me fazendo  fechar os olhos com força, enquanto minhas costas entravam em contato com a madeira.
Porem, a pior dor se inicia, quando sinto pegarem minha perna a levantando no ar, logo a empurrando o osso para o lugar.

Não era possível controlar as lágrimas de meus olhos, enquanto sentia meu osso ser empurrado para o lugar e enfaixar a minha perna.

-Tudo bem minha irmã, você vai ficar bem !

Posso ouvir a voz de meu irmão, logo segurando minha mãos, certamente era ele, o toque tão gentil de meu irmão, o qual já me acudiu tantas vezes.
Porém, normalmente em madrugadas depois de pesadelos.

Acabo apertando sua mãos com força, sentindo a dor, enquando  lágrimas quentes dançam pelo meu rosto.
Sinto uma mão gelada e fina, abrirem minha boca, certamente era Gothi.

Logo mais do líquido de antes passa por meus lábios, descendo por minha garganta.
O gosto de amargor do álcool era forte porém, a censação de leveza era gratificante.
A dosagem de álcool certamente está maior do que o de antes.

De modo que sinto que não consigo mais ficar acordada, e perco minha consciência, desabrochando o aperto da mão de meu irmão.

                                   (•••)

Com certa dificuldade, abro meus olhos divagar, demorando alguns segundos para entender aonde estava.
O teto de madeira, certamente estou em meu quarto.

Minha respiração lenta porém profunda, como era bom poder inalar um ar, que não cheirava a queimado.
Mas ainda podia sentir meu copo ranger de dor.

Podia sentir alguém segurar minhas mão direita, então viro meu rosto para o local, tomando cuidado pela dor.
Eu vejo a cena, do cabelos de fogos, deitando com a cabeça para baixo, encostada em seu braço livre.

O sentimento causado, pela ideia dele estar ao meu lado é reconfortante, fazendo meus olhos lacrimejar de alegria.
Logo ouso o som da porta se abrindo, a qual range metálica, revelando meu irmão.
Ele tinha um semblante caído, porém, quando ele levantou seu rosto, seus olhos se encontraram nos meus.

Não controlo em curvar meus lábios para cima, enquanto vejo o mesmo arregalar seus olhos.

-Liv ! Você tá acorda !

Disse ele, correndo até mim, quase caíndo no chão, por ter tropeçado no pé da cama, mas logo ele levanta apressado, logo indo até mim.
Ele logo se joga de joelhos, me abraçando.

-Por que você dormiu por tanto tempo ? Eu achei que você não iria mais acordar !

Sua voz era nitidamente angustiada, me fazendo questionar por quanto tempo eu fiquei desacordada, enquando sentia meu irmão me abraçando.
Encosto  minha cabeça na sua, retribuindo o afeto, jas que, um braço meu estava enfaixado.

E o braço livre, Dagur segurava minha mãos, a mesma mão que sinto o aperto aumentar.
Volto meus olhos para o mesmo, o vendo com a cabeça levantada, avia acabado de acordar.

Ele parecia não ter ligado os pontos ainda, mas logo arregala os olhos, gritando meu nome.

-Liv !

Ele disse sorrindo claramente aliviado, antes de suas sombrancelha se curvarem e seu olhos pesarem, pude ver lágrimas em seus olhos.
As gotas quentes e salgadas começaram  a  escorrer de seu rosto, não sabia dizer se era  alívio ou, a frustração reprimida, pensando em como quase morri.

Minha mãos, com alguns dedos enfaixados, se levanta, se encaixando entre o maxilar do mesmo e sua bochecha.

Ele leva suas mãos, as botando em cima da minha no local, intensificando o contato, seu olhar é úmido,  cheio de lágrimas para mim. 

-Fico feliz, que você está viva.

Neste instante, sentindo a respiração de meu irmão em meu ombro, enquanto sua cabeça tremia, provavelmente ele está chorando, junto as lágrimas de Dagur que escorrem pela minha mão.
Meus olhos estão imersos no mesmo líquido salgado.
Eu estou acordada, eu estou viva.

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