ᴬ ᶜʰᵃᵛᵉ ᵖᵃʳᵃ ᵘᵐ ᵗᵘᵐᵘˡᵗᵒ ²

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Em certos momentos a vantagem de   ter dificuldade de falar com pessoas, quando você evita pessoas você acaba encontrando atalhos para os lugares.
E nesse momento, estou correndo o mais rápido que consigo por uma trilha , ela me ajudará a chegar o mais rápido possível em casa.

Depois do evento entre Dagur e Astrid na praça, digos que o medo me consome.
A ideia de Dagur descobri que eu interferir em " seu jogo" ,  me dá calafrios, em pensar no que ele fará comigo .

Ele quebrou o Marchado de Astrid em um  estante  , tinha obrigada O Perna De Peixe a comer bacalhau podre.
Soluço disse que tentaria de alguma forma tentar arrumar tempo para mim, e não quis aceitar sua ajuda , ele quase morreu afogado !
Mas conhecendo meu irmão, ele vai fazer mesmo eu sendo contar.

Então corto, sentindo a falta de ar começar a me invadir, a estradinha de terra em meio a floresta, finalmente aparece dois caminhos possíveis.
Acelero meu ritmo, virando a esquerda, corro fazendo a curva no processo quase caindo no chão.
Minhas mãos me apoiam, me impedindo de cair, me empurro fazendo impulso para continuar correndo.

Alguns segundos correndo a mais, e já estou na vila novamente, na parte perto de minha casa.
Agora corro pela rua, agradeço por não estar muito cheia, já estou começando a perder as forças.

Subo a escadaria de frente para minha casa, entrando na mesma.

Primeiro observo se avia alguém, mas casa estava silêncio e vazia, entro na residência fechando a porta novamente.
Volto a correr , indo diretamente na direção do quarto que  Dagur passou a noite passada  , a porta estava aberta , demostrando que ele não estava lá.

Adentro o cômodo, com a chave, que segurava fortemente na minha mão direita.
Vou até a cama do quarto, me abaixando, ponho a chave atrás de um dos pés da cama,de modo que aparenta que ela caiu lá.

Levanto do chão, indo até o corredor, posso ouvir passadas e fozes do lado de fora

-Sabe Soluço, você é muito magrelo e fraco, então é fácil de te vencer em lutinhas

Era a voz de Dagur , essa informação faz meu coração acelerar, então vou até a escada.
O desespero era tanto,que cai da escada, o maior impacto foi no meu braço que amorteceu a queda.

Mas apenas ignoro a dor da queda, que provavelmente deixaria uma marca bem grande e roxa depois,mas já era uma coisa diária, marcas pelo meu corpo.

Volto a correr , conseguindo chegar no segundo andar a tempo da porta de entrada ser aberta.

-Eh, tô por dentro disso

Ouvi a voz de meu irmão derrotado falando.

Por alguns segundos avia silêncio da conversa dos mesmos, tentava andar silenciosa até meu quarto, andando na ponta dos pés

-Ouviu isso ? Tem alguém aqui na sua casa ?

Me questiono em nome dos deuses, se esse garoto  tem super audição, não é possível que ele tenha escutado.

Sera que ele sente o cheiro do medo ?

-Rapaz, deve ser o vento, aliás estamos sozinhos aqui !

Podia interpretar pela Foz de Soluço, uma clara atuação, tentando ser tranquilo.
Quando chego finalmente na entrada de meu quarto, posso ouvir barulho de passadas nas escadas

-Jura ? Tenho certeza de ter escutado algo

Olho desesperada ao arredor, tentando enxergar uma saída , agradeço aos celestiais pela porta de meu quarto já está aberta, apenas entro no cômodo indo direto até meu baú de roupas, aonde abro e entro no mesmo , cabendo perfeitamente.

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