ᴼ ʳᵉᶜᵉⁱᵒ ˢᵒᵇʳᵉ ᵘᵐ ᶜᵉʳᵗᵒ ᵃˡᵍᵘᵉ́ᵐ³

153 12 6
                                    

Sentada na cadeira, com os olhos fechados, sentindo os movimentos circulares e delicados, de um pano macio que limpava meu rosto, sendo conduzido pelas mãos de Got, que tirava o excesso absurdo de sangue de meu rosto, para finalmente poder analisar minha situação.

Depois de algum tempo chorando, finalmente estava melhor, o sentimento de frustração está mais controlado agora.
Já quanto a dor, bem, a técnica de aplicar gelo com ervas anestésicas, ajudou muito, de modo que praticamente não sinto mais nada.

Como suspeitava, meus dentes de leite realmente aviam caído, também possuo um pequeno corte na boca.

Além do habitual, de arrochados pelo corpo, braços e joelhos ralados.
Mas isso não é muita novidade, apenas utilizo a técnica que já estou cansada de fazer.Deixar a ária ferida, quinze minutos com gelo e depois quinze minutos respirando.
Além das famosas pomadas anestésicas, que não sei o que seria de minha vida sem elas.

Agora mais aliviada, sentindo meu corpo parar de doer, olho para meu vestido, certamente nunca mais poderia usa-lo
Tive que me banhar novamente, para tirar o sangue seco de meu corpo, vestindo dessa vez, uma vestido azul.

O qual possuía mangas compridas, ele era todo largo, tendo apenas uma faixa branca em minha cintura.
Esse vestido também avia bordados na bainha, com fitas azuis escuro.

Vestia mesma calça e botas que estava sedo, já meus cabelos estavam soltos.
Acabei perdendo minha fita azul, minha bela fitinha .
Certamente mais tarde vou a procurar na rua, mas isso seria uma procuração para depois.

Eu tinha outro dilema agora, que se deu com a chegada de Bocão, questionando se eu estava bem.

Bendita hora que afirmei positivamente, o que o fez dizer para eu comer no grande salão, jas que aparentemente, eu não estava, debilitada.

A ideia de " acidentalmente" cair de novo, e não poder ir ao local, cheio de vikings da vila, que me viram cair vergonhosamente no porto.
Se eu já avia uma fama de desastrada, certamente ela piorou, e muito.

Eu implorei com o olhar, para bocão não me obrigar a ir.

-Não foi tão ruim assim Liv!

Disse ele, tentando me animar.Se tivesse parado sua frase  por aí, ele teria tido sucesso.

Mas é o Bocão.

-So porque você caiu, na frente de um bando de vikings julgadores, e na frente de uma forte tribo de guerreiros, eles não vão achar que é desastrada nem cabeça oca !

Disse, botando a mão no meu ombro.

Onestamente, as vezes o Bocão é uma pessoa bem mais incrível de se conviver, quando está em silêncio.
Respiro fundo derrotada, seguindo o homem perneta que iniciou suas passadas.

Ao chegar no grande salão, pude notar os olhos   em cima de mim, mas pareciam em sua maioria de surpresa.
Acho que associaram o sangue como, se algo terrível tivesse acontecido.

Mau sabe eles, que foi apenas meus dentes de leite que caíram, e um pequeno corte nos lábios, embora tivesse tido um fluxo de sangue intenso, mas isso se deve, pelas  raízes de meus dentes serem profundas.

Nada que um gelo e evitar excesso de atividades físicas, não resolva.
Se eu não me esforçar muito, não terei febre nem nada de grave.
A caminhada da entrada do local até chegar na mesa que meu pai estava, foi um tanto quanto torturante.

Na mesa, também havia a  presença de meu irmão ao lado de papai, já no banco do outro lado da mesa, estava o chefe convidado, seu filho e o Melequento.

𝘿𝙖𝙜𝙪𝙧•𝙊𝙘 Onde histórias criam vida. Descubra agora