𝘿𝙖𝙜𝙪𝙧•𝙊𝙘

ᴾʳᵒᵖᵒˢᵗᵃ ᵈᵉ ᶜᵃˢᵃᵐᵉⁿᵗᵒ

O som de uma tosse fingida, a qual veio em alto volume de meu pai, o que vez com que o tumulto das vozes uma em cima da outra no grande salão se calam de instantâneo.

A minha pergunta antes feita por Dagur, quando estavamos sozinhas não pode ser respondida.
Nossos pais, desistiram a alguns anos de manter a gente perto durante o passeio na vila, na verdade , meu pai fica até grato de eu distrair o cabelos de fogo.

Mas sempre somos chamados de volta na hora do almoço, e bem no momento que Dagur parecia analizar minha pergunta para a responder, fomos chamados por Bocão.

Ele dizia que hoje  teria   um anúncio muito importante feito por meu pai, mas quando o questionei sobre o que era o tal, anúncio, o viking loiro não soube me responder.

Então resolvi deixar meu assunto com Dagur de lado, pensando bem, talvez seja bem melhor assim.
Não devo ficar incomodando os outros com o fato de, eu ser incapaz de fazer coisas básicas e simples para meu povo e família.
A ideia de que, se Dagur perceber que sou tão, inútil, ele não queira mais ficar perto de mim.

Tento afastar tais sentimentos negativos de minha cabeça, durante a refeição, até o momento que sou despertada de meu transe, com a voz de meu pai, voltando ao momento presente.

-Caros Convidados e povo da ilha de Berke, tenho um importante comunicado  então quero que todos ousam com atenção!

Neste instante, qualquer mínimo barulho, inclusive de talheres foi cessado, com todos olhando para a figura de meu pai, o qual se encontrava no centro do grande Salão, e ao seu lado estava Wosvald.

-Eu em uma reunião com Wosvald O Agradável, chefe dos incontroláveis, para manter nossas ilhas unidas permanentemente, iremos fazer isso por uma aliança em matrimônio.

Era possível ouvir agora alguns baixos cochichos de surpresa no salão.
As engrenagens de minha cabeça se colocaram para funcionar, quando ouso alguma das vozes baixas, dizendo _ -Um casamento _

Um casamento era necessário : um homem é uma mulher.O único filho de Wosvald tem é Dagur, sua filha mais nova está desaparecida e dada como morta a anos.
Meu pai, só possui Soluço o primogênito e a mim, mas eu sou a única mulheres da nossa família.

-O Herdeiro dos incontroláveis, Dagur O Ensandecido irá se casar com minha filha mais nova, Liv Haddock , quando ela completar 16 anos, formando uma aliança que unirá as tribos eternamente!

Meu sangue gela, enquanto parece que meu coração está acelerando.
Posso jurar que minhas batidas estão tão fortes, que o salão inteiro pode ouvir.
Logo o salão inteiro começa a dar gritos de comemoração.

Viro para frente, aonde estava Dagur, seu olhar completamente iluminado e um sorriso encantado de alegria, enquanto ele encarava meu pai.
Olho para Soluço, que estava do meu lado, ele estava completamente chocado, com a boca aberta.

Eu não sei como me senti neste momento, me sinto totalmente exposta nesse lugar cheio de gritos e pessoas.
Me levanto da cadeira, antes de meu irmão dizer algo ou alguém notar que sai do local,já estou atravessando as portas do salão, enquanto ouso meu pai gritar que vai destruir vinho, para comemorar a futura aliança.

Agarro com força seguro  saia do vestido, a segurando para que não enrosque em meus pés.
Iniciei uma andada rápida, enquanto descia  a escadaria, mas no último degrau, quando dou conta de mim, já estou correndo.

Onestamente, não sei o motivo pelo qual eu corro, não é como se esse ato, fosse afastar todos os acontecimentos de minha vida.
Mas mesmo assim, não consigo evitar de movimentar minhas pernas, em direção a floresta.

Não me importava se era final de tarde e eu tinha que estar marcando presença no grande salão, ouvindo pessoas as quais nem tenho intimidade direito, olhando para mim, me imaginando daqui dois anos, com vestido branco de noiva.

Mas, parando para pensar, Um dia talvez eu me case, e não vejo problema desse alguém ser Dagur.
Aliás, eu gosto da companhia dele, de como ele me faz sentir segura e acolhida, como eu amo estar com ele.

Mas o  pensamento que tanto ronda minha cabeça no último ano é, que eu não apenas  amo  estar perto de Dagur, eu amo Dagur.
Aquele Garoto esquisito e insano, de alguma forma conquistou o meu coração ao longo dos anos.

Paro de correr, quando chego a uma colina a qual quase sempre venho, quando minha cabeça está um caus, quando quero apenas sumir do mundo.

Ela é alta, dando para ver praticamente a aldeia inteira, também tendo uma bela visão do mar e principalmente, do céus.
Os quais estão em tons belíssimos de rosa e dourado, com lindas e fofas nuvens, as quais, queria tanto me deitar em um montinho delas, para vê se relaxava minha tensão.

Respiro fundo, enquanto minha mãos, soltan a barra de minha saia, a fazendo tocar meus pés novamente.
Logo, dou uma suspirada profundamente, sentando-me no chão.

-Eu vou me casar, com o Dagur ?~

Murmurou em dúvida para mim mesma, me questionando se não era uma jornada ao mundo dos sonhos, enquanto levo minhas mãos até meus pés, aonde retiro as botas, as deixando em um cantinho separado.

Me arrasto mais alguns centímetros para a frente, colocando meus pés descalça contra a enorme queda do penhasco.
A censaçao de meus pés não tocarem o chão, enquanto se movimentam suspensos no ar, para frente e para trás.
Junto a brisa fresca, que balança meus cabelos, certamente, era o mais próximo dos céus que eu chegarei.

Meu coração está um pouco mais calmo e meu sangue não parece mais congelado, aos poucos consigo controlar novamente minha respiração, enquanto olhava para frente, contemplando aquela bela visão.

Até que, derrapante, o som de passadas se aproximando começam a ser perceptível.
E aquele cheiro, eu sabia exatamente quem era, a pessoa que era dona do meu coração, o que o fez bater um pouco mais forte, quando ele se sentou ao meu lado.

-Te achei favinho  de mel !

Como eu amo quando ele me chama por esse apelido, dado a mim pelo mesmo, pois dizia ele que, eu gostava tanto de doce, que em vez de sangue eu deveria ter  mel nas veias.
Dês de então, o apelido virou uma forma gentil de se referir a mim.

Então viro meu rosto para encontar suas belas esmeraldas Intensas, não podendo evitar de arquear meus lábios para cima.