ᵁᵐ ˢᵉʳᵛⁱᶜ̧ᵒ ᵠᵘᵉ ᶜᵘʳᵃ ²

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Não demorei muito em minha caminhada até a casa de Gothi, aonde a mais velha me esperada do lado de fora de sua casa, sentada em sua varanda.
Sua casa fica na beira de um penhasco de nossa aldeia, possuindo dois andares na casa.

A parte de cima é sua casa e a de baixo, o local aonde ela atende os doentes.
A mulher estava sentada em uma varanda, do andar de cima da cabana, em uma cadeira de balanço.
Parecia observar o céu, e realmente ele estava lindo naquela manhã.

Quando ela me nota, faz gesto com suas mãos, me chamando para ir até ela.
Como sua porta estava aberta, não tive dificuldade para entrar no local.
Entrando em sua casa, retido minha bolsa de meu ombro, a botando em cima da mesa.

Vou na direção da escada, subindo até o outro andar.Depois de alguns segundos, me encontro cara a cara  com a mulher.
Ela parecia estar em paz, pude ver que  na sua frente avia uma mesinha, com dois copos e um canecão que parecia ter algum tipo de chá.

Também avia outra cadeira ao seu lado, a senhora sorri simpática para mim , parecia me desejar bom dia.

-Bom dia, Anciã.

Ela me olhar levemente seria, logo pegando seu cajado, escrevendo em um montinho de areia que avia ao lado de sua cadeira.

Logo leio o que foi escrito, para que eu não a chamasse de anciã mas sim, Gothi.
Acabo sorrindo ao ler essa fala, olhando novamente a senhora.

-Bom dia, senhora Gothi.

Ao ouvir isso, agora volta a sorri, apontando para a cadeira ao seu lado, para que eu sentasse e assim Faso.
Depois ela aponta para o copo e o canecão, parecia me questionar se eu queria um pouco de chá.
E como ela já avia separado um copo para mim, e feito a bebida, talvez fosse grosseria recusar.

-Eu adoraria, obrigada.

Ela põem o conteúdo no copo, me dando, assim pego novamente agradecendo, podia se ver a fumaça sair do copo, mas como estava meio frio ainda, um chá quente seria maravilhoso.

Dou um gole, sentindo o amargo da planta porém, estava relativamente doces.Mas isso  não era problema, pois amo coisas doces.
E aquele adoçado equilibrava por completo o chá.

Depois da golada, arfo de prazer, sentindo o ar quente sair de minha boca , virando fumaça.

Novamente a senhora me olha , com um sorriso ladio, tombando um pouco a cabeça enquanto se apoiava em seu cajado.
De alguma forma, avia uma certa convicção do que ela poderia estar dizendo, sem ela ter que escrever no chão.

-Esta perfeito!~

Minha palavras pareciam a alegar, até sua feição mudar, para questionamento , com suas  sobrancelhas se arqueando.
Algo me diz que ela vai me perguntar se tomei café da manhã, mas por medo de meu palpite está errado, a espero escrever no chão

Segundos depois, apenas confirmo o que já estava desconfiada.
Fecho meus olhos sorrindo , tombando um pouco minha cabeça para o lado.

-Senhora Gothi, não se preocupe comigo, eu tomei café da manhã em casa.

                                                  ⃞☁︎࿐°•ృ.

Em suma, não poderia descrever como era incrível trabalhar com a senhora Gothi .Aprendia tanta coisa, as vezes horas sem necessariamente trocarmos uma palavra, ou pelo menos palavras minhas e rabiscos dela.

Muitos dos nossos dias eram agitados, mas era até que bom, muitos ferimentos sabia identificar de longe, pelo fato de já ter tido muitos deles.
Estou aprendendo dês de coisas básicas  como fazer remédios, até  custura e fazer pontos, remover dentes, amputar membros.

Confesso que nem todos eles são gratificantes de fazer, mas eu gosto de me sentir útil ajudando as pessoas de algum modo.
Mas de fato, o que mais gosto de fazer é Tônico e remédios.

Digamos que, Gothi sabe que sou uma criança curiosa, de modo que ela me manda buscar algumas das plantas de nossa ilha, toda vez que as coisas estão mais calmas na tenda.

Apesar de nossa ilha ser muito grande , tendo uma variedade de recursos, muitas plantas das quais precisamos, fica em uma ilha, A ilha da Cura.
Ela não é longe da nossa,porém, só dá para chegar até ela de, barco.

Eu até consigo subir em um barco por alguns minutos, quando ele está parado no porto.porem, viajar a mar aberto, ainda é uma aventura a qual não sei se estou pronta para explorar.

Mas devo admitir que, fico bastante exitada, quando ela pega um pote vazio, faltando folhagens, ela já me olhar sorrindo.
Da primeira vez ela ainda rabiscou no chão, " pelos deuses , acabou as folhagens! Você poderia ir buscar mais ?"

Claro que eu notei de cara, que era uma armação dela para eu poder explorar a ilha um pouco, meu pai é um tanto quanto protetor, então nunca pude sair muitos dos arredores da aldeia.

Hoje em dia, ela so precisa me dar aquele olhar, com sorriso ladio e pronto, já é o bastante para eu me apressar para a floresta.
Para essas minhas expedições,  voltei usar o meu velho cajado, o que Svem me deu de presente.

É uma lembrança diária para eu continuar me esforçando, com todo o meu coração.
E com, os siclos de lua passando, o tempo vem me dando cada vez mais experiência.
E de alguma forma, parece que vem curando pelo menos um pouco do meu espírito, que avia sido cortado e mutilado.

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